De acordo com as estimativas, “o território europeu propenso a incêndios duplicou nos últimos 50 anos”, afirma Yossi Matias, vice-presidente e responsável da Google Research, numa publicação no blogue da Google Portugal.
“Ao utilizar a IA, conseguimos mostrar uma monitorização detalhada dos incêndios florestais na ‘Pesquisa’ e no ‘Maps’. Agora, durante este verão com temperaturas recorde, estamos a expandir esta ferramenta para 15 países na Europa e em África”, entre os quais Portugal, adianta.
Andorra, Bósnia e Herzegovina, Croácia, Chipre, França, Grécia, Itália, Quénia, Mónaco, Montenegro, Ruanda, Eslovénia, Espanha e Turquia são os restantes 14 países onde a ferramenta de monitorização dos limites de incêndios florestais é lançada.
Os mapas de limites de incêndios florestais já estavam disponíveis nos Estados Unidos, Austrália, Brasil, Argentina, Chile e México.
“Estamos a disponibilizar esta informação, através de alertas e recursos que disponibilizam informação às pessoas que estão perto de um incêndio florestal como se manterem seguras”, adianta Yossi Matias, referindo que “o modelo de monitorização de incêndios florestais alimentado pela IA da Google é treinado com base em múltiplas fontes de dados, incluindo uma grande variedade de conjuntos de dados de imagens de satélite”.
Além disso, “também validámos o nosso modelo de monitorização de incêndios florestais comparando-o com o nosso próprio modelo de cicatrizes de incêndios — formas que surgem após um incêndio ser contido — com base em medições de eventos anteriores de incêndios florestais. Outros modelos de IA são utilizados para verificar a existência de incêndios e, tudo isto em conjunto, permite a definição dos limites de incêndios florestais mais precisos e definitivos do que com apenas o uso de imagens de satélite”, explica o responsável.
Desta forma, “ao implementarmos, durante o verão, esta nova capacidade, mapeámos mais de 40 incêndios florestais no sul da Europa, incluindo incêndios em Espanha, Grécia e Chipre no passado mês de junho, bem como outros incêndios de Portugal ao Quénia”.
Ou seja, “mostrámos estes limites de incêndios florestais na ‘Pesquisa’ e no ‘Maps’ e disponibilizámos informações locais através de notificações — uma ferramenta concebida para complementar os esforços locais existentes para ajudar as pessoas a aceder à informação e a manterem-se seguras”.
Após o início dos incêndios florestais na Europa e em África “e só na primeira semana de julho, cerca de 1,4 milhões de pessoas viram as nossas notificações de incêndios florestais”, sublinha Yossi Matias.
As notificações baseiam-se nas definições do utilizador e no idioma da sua preferência, oferecendo aos viajantes durante a época turística formas de receber informações locais e oportunas no seu idiomas sobre os incêndios florestais, segundo a Google.
Estas notificações “são sobrepostas nas direções de condução do Google Maps”, indicando aos viajantes se as suas indicações de rota podem ter incêndios florestais por perto.
Esta funcionalidade é lançada em “países que foram afetados por incêndios florestais nos últimos verões e com base na qualidade do nosso modelo em cada país”, refere o responsável.
À medida que os modelos forem evoluindo, ao longo do tempo, “esperamos expandir para mais países e continuar a partilhar informações críticas com as pessoas quando são efetivamente necessárias”, remata.
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