“Já entrámos no mercado africano há mais de 20 anos e tratamos este mercado como um dos mais importantes da nossa empresa e achamos que a educação, especialmente o ensino superior, é uma pedra fundamental para o desenvolvimento de cada país”, afirmou hoje, em Luanda, o presidente rotativo da Huawei, Eric Xu.
O responsável, que evitou comentar as restrições que a operadora encontra na Europa e América na expansão dos seus negócios, quando questionado pela Lusa, disse apenas que a sua empresa vai aproveitar as suas capacidades para alargar investimentos em África.
“Especialmente em termos de uso da tecnologia de ‘computing’, de inteligência artificial, de conectividade, da rede de comunicação para facilitar a comunicação e o ensino e, no futuro, vamos investir mais nesse aspeto para construir uma África mais conectada e mais avançada”, disse, em declarações aos jornalistas.
Eric Xu falava hoje, em Luanda, no final da cerimónia de assinatura de um memorando de entendimento entre a Huawei e o Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI) de Angola.
Capacitação de docentes e de técnicos do MESCTI, apoio e instalação de equipamentos e avaliação dos cursos da área das tecnologias de informação e comunicação em Angola constituem alguns dos eixos do acordo.
Para o presidente rotativo da multinacional chinesa, o memorando deve acompanhar igualmente o desenvolvimento da transformação digital do MESCTI, bem como melhorar a infraestrutura daquele órgão ministerial.
“Ao mesmo tempo queremos expandir a nossa cooperação com as entidades da educação superior e inovação, por exemplo, queremos expandir a nossa ação de formação e treinamento de talentos e engenheiros das tecnologias de algumas universidades”, acrescentou.
“E depois queremos aproveitar a nossa capacidade tecnológica, de formação em termos das tecnologias, para expandir esse benefício a toda a sociedade angolana. A Huawei quer utilizar a sua tecnologia e capacidade para o bem-estar da sociedade angolana”, notou.
A Huawei está a construir um parque tecnológico em Luanda orçado em 60 milhões de dólares (51 milhões de euros) “para continuar a servir e acompanhar o desenvolvimento tecnológico de Angola”.
Eric Xu recordou que o mercado angolano, onde opera desde 1998, foi uma das primeiras portas de entrada da operadora no continente africano, garantindo que o parque tecnológico de Luanda terá inúmeras valências.
“Vamos ter no parque três centros principais, nomeadamente para a formação de parceiros e clientes, um de inovação, para entidades públicas e privadas e ministérios, e um centro de experiência para acompanhar e trazer as tecnologias mais novas e avançadas no mercado angolano”, concluiu.
O presidente rotativo da Huawei e a ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação angolana, Maria do Rosário Sambo, foram os signatários do memorando.
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