A medida foi determinada por um tribunal em agosto e confirmada após um recurso a 10 de novembro.
A empresa americana, que permite estabelecer contactos profissionais e procurar emprego, denunciou uma decisão que afeta "milhões de utilizadores" russos e mostrou-se disposta a reunir-se com as autoridades.
A questão dos dados pessoais e o seu uso suscita o debate por todo o mundo, mas é especialmente delicada na Rússia, onde as autoridades introduziram nos últimos anos várias leis que reforçam o controle sobre a Internet e as redes sociais, ferramentas vitais para a oposição russa.
Muito criticada pelos atores do setor tecnológico, a lei aplicada ao LinkedIn obriga os serviços de mensagens, os sites de busca e as redes sociais estrangeiras a armazenarem na Rússia os dados pessoais dos utilizadores russos.
A empresa norte-americana, que recebeu uma proposta de compra pela Microsoft, afirma ter mais de 467 milhões de utilizadores no mundo, seis milhões na Rússia.
O Kremlin negou as acusações de censura no caso do LinkedIn. Segundo o porta-voz da presidência, Dmitri Peskov, o organismo regulador das telecomunicações, encarregado de aplicar a sentença, "age seguindo a lei estritamente".
Esta agência reguladora já avisou várias vezes grupos como Facebook e Twitter que deviam aplicar a nova lei sem, até ao dia de hoje, lhes ser imposta uma sanção.
Desde o regresso de Vladimir Putin ao Kremlin em 2012, o endurecimento da legislação gerou textos como o que obriga os provedores de Internet e as redes sociais a armazenarem as mensagens, ligações e dados dos seus utilizadores durante seis meses.
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