Os fundadores, Diogo Bhovan e Tomás Caeiro, conheceram-se em 2017 nos bastidores do empreendedorismo e uniram esforços para criar um evento que abrange temas como poupança, mindset, gestão e orçamento.

Money Talks 2025
Money Talks 2025 créditos: The Next Big Idea

“Não queríamos fazer um evento que falasse só de investimentos, como a maior parte dos eventos de literacia financeira abordam. É quase sempre a questão de investimento, investimento, investimento”, explica Tomás Caeiro, empreendedor e fundador de várias startups.

Além das palestras com especialistas, o Money Talks aposta na criação de networking e na troca de ideias entre os participantes.

“Não é só talks e painéis. Teremos vários momentos de networking, onde as pessoas podem trocar impressões e criar contactos com quem partilha os mesmos interesses e mindset. Acreditamos que vamos proporcionar dinâmicas interessantes, de forma descontraída, informal, mas orientada”, destaca Tomás Caeiro.

Os fundadores defendem que o empreendedorismo é o “braço direito” da literacia financeira, acreditando que é possível aprender de forma mais rápida e eficaz sem comprometer a qualidade.

“Queremos permitir que outras pessoas, que estavam como nós há alguns anos, não precisem de investir anos a fio em livros e cursos para aprender sobre finanças pessoais e literacia financeira. Queremos mostrar que há formas de encurtar esse caminho”, afirma Diogo Bhovan, empreendedor, advisor e professor de inovação e empreendedorismo na Universidade de Coimbra.

O Money Talks assenta em dois pilares essenciais:

  • Qualidade pedagógica – “Ninguém está aqui a vender fórmulas mágicas para enriquecer rapidamente. Os mais de 25 oradores foram escolhidos com base na experiência que têm em ensinar literacia financeira e no feedback que já receberam.”
  • Networking – “Não queremos um evento unilateral. A literacia financeira ainda é um tema tabu, e a ideia é criar um espaço seguro onde os participantes possam conhecer pessoas, partilhar experiências e aprender com elas.”

Os fundadores pretendem combater a desinformação que tem surgido com vários “especialistas” a debater o tema na internet e nas redes sociais. Deixam claro a importância de garantir que o evento não seja usado para “falsas promessas de enriquecimento rápido”.

“Ninguém vai enriquecer num fim de semana. O objetivo é proporcionar dois dias de imersão intensa em nove temas que abrem horizontes, para que depois cada um possa aprofundar o que mais lhe interessar”, explicam.

Outro desafio do evento é desmistificar a ideia de que quem fala sobre dinheiro “quer vender banha da cobra”, uma mentalidade que, segundo os organizadores, impede muitas pessoas de buscarem conhecimento sobre finanças.

“Muita gente prefere ficar na bolha de apontar o dedo e dizer que está tudo mal, que a culpa é de quem tem dinheiro. Mas não procuram alternativas, como nós fizemos, para melhorar o seu bem-estar financeiro. E bem-estar financeiro não significa ser rico, mas sim não estar todos os dias preocupado com a carteira.”

Os organizadores esperam atrair adultos e jovens adultos (entre 20 e os 45 anos), no entanto, destacam a importância da participação do público jovem.

“Gostava que este evento tivesse existido há 10 anos, quando eu tinha 20. Foi nessa altura que comecei a perceber melhor como funciona o dinheiro e a importância da literacia financeira. Ter tido acesso a dois dias com este nível de conteúdo teria sido uma enorme vantagem”, reflete Tomás Caeiro.

A localização pode ser um obstáculo à adesão?

“Évora tem todas as condições: está a uma hora e meia de Lisboa, a duas horas do Algarve e a uma hora de Espanha. Podemos até atrair participantes de Badajoz”, argumentam os organizadores.

A primeira edição do Money Talks conta com o apoio do Crédito Agrícola, Remax Ideal, UWU, XTB, Goparity, E.R. do Turismo do Alentejo, The Next Big Idea, entre outros.

Todas as informações do evento estão disponíveis em money-talks.pt. As vagas são limitadas.