Comecemos pelo Centre Stage, na Altice Arena, onde Nicole Muniz, uma das executivas de topo por detrás do fenómeno Bored Ape Yatch Club, sobe a palco para falar sobre Web3 e, em particular, sobre NFTs — ou não estivéssemos a referir-nos a uma coleção que se tornou icónica em tempo recorde. Logo de seguida, Philippe Botteri (Accel) e Michael Gronager (Chainalysis) debruçam-se sobre dois dos temas "quentes" desta edição da Web Summit: crypto e cibercrime.

Destaque ainda durante a manhã para a presença de Toto Wolf, líder da equipa da Mercedes na F1 — se ainda não se rendeu às temporadas de "Drive to Survive", na Netflix, vai mais do que a tempo; Brad Smith, presidente da Microsoft, que vai falar sobre o enorme de desafio de mitigar os efeitos das alterações climáticas sem abdicar do crescimento económico; e do unicórnio português Marcelo Lebre, da Remote, que sobe ao palco principal para endereçar o tema da liderança em tempos de crise.

A tarde será mais "política" no Centre Stage, salientando-se a presença do Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, com o tema "Timor Leste: uma lição de democracia pós-conflito", e do vice-primeiro-ministro ucraniano Mykhalio Fedorov, a quem cabe materializar o apelo feito pela primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska, na noite de abertura e explicar como é que a tecnologia pode ajudar o seu país a enfrentar o presente e um futuro pós-guerra.

No Palco Panda Conf, o segundo maior do certame, destaque para a presença de Julia Goldin, do grupo Lego, que vai falar sobre o desafio de manter uma das marcas mais acarinhadas de brinquedos relevante nos dias de hoje.

Esta quinta-feira arranca o palco Crypto no Pavilhão 2, com uma programação que se estende até sexta-feira. Como investir em Web3? A Web3 vai destruir as redes sociais? Como é que a Blockchain pode criar uma sociedade mais inclusiva? Como monetizar o metaverso? São apenas alguns dos temas em debate ao longo do dia de hoje por aqui.

Para complementar, vale a pena destacar a presença de Fred Antunes, da RealFevr, no palco Growth Summit, onde vai falar sobre como combater a especulação nos NFT's. Este é um daqueles palcos, a par do Venture e do Startup University, cuja visita se afigura obrigatória para quem está no processo de — como diz Diogo Mónica, da Anchorage — se tornar "o herói da sua própria história", ou seja, arrancar com a sua própria empresa.

A Web3, o metaverso e a blockchain estarão ainda em destaque no Content Makers, mas mais numa ótica do impacto que estas tecnologias podem ter ao nível da criação de conteúdo. Ainda assim, destaque para a presença de duas caras bem conhecidas dos portugueses neste palco, a apresentadora Cristina Ferreira e o ator Ricardo Pereira.

Se o seu objetivo é ouvir mais sobre o futuro dos transportes — dos carros autónomos, aos solares —  ou sobre cidades inteligentes, o Auto/Tech & TalkRobot é o seu palco para os próximos dois dias.

O palco Deep Tech é um exclusivo desta quinta-feira, ou seja, só existe por um dia na Web Summit, e traz para cima da mesa temas como o impacto que a computação quântica pode ter no nosso dia-a-dia; o impulso que a robótica pode dar ao setor do retalho; é capaz de nos deixar a olhar para as estrelas enquanto admiramos os desenvolvimentos ao nível da tecnologia espacial ou convidar-nos a ponderar o impacto social da inteligência artificial.

Falando em impacto social, o palco Future Societies "abre" esta quinta-feira com uma agenda que nos incentiva a pensar coletivamente sobre o tipo de sociedade que queremos ser. Destaque para a presença do David Simas, presidente da Fundação Obama, que vai dizer à audiência o que é preciso para ser um líder político — sem que isso implique sacrificar os próprios valores. Mick Mulvaney, ex-chefe de gabinete de Donald Trump, sobe a palco para nos dizer porque é que devemos estar especialmente atentos aos resultados das eleições intercalares nos Estados Unidos da América, que se disputam já a 8 de novembro.

O The Next Big Idea vai continuar a acompanhar o essencial da Web Summit 2022 no digital e através do LinkedIn.

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