A Samsung Electronics e subsidiárias do grupo, nomeadamente a Samsung Biologics, querem liderar a investigação e desenvolvimento (I&D) em áreas de negócio que vão desde as telecomunicações, produtos biofarmacêuticos, semicondutores, inteligência artificial, robótica, até às fusões e aquisições, refere o grupo empresarial em comunicado, citado pela agência financeira Bloomberg.
Dos 240 biliões de wons (175 mil milhões de euros) que irá investir nos próximos três anos, 180 biliões de wons serão aplicados apenas na Coreia do Sul, realça o conglomerado, adiantando que vai ainda contratar mais 10.000 trabalhadores no período em análise, o que eleva para 40.000 o número de novos postos de trabalho a serem criados.
O anúncio do investimento surge pouco tempo depois de Lee Jae-Yong, vice-presidente da Samsung Electronics, ter saído da prisão a 13 de agosto deste ano.
Em 09 de agosto, o Governo sul-coreano decidiu conceder o perdão ao empresário de 53 anos, por ocasião do Dia da Libertação Nacional, quando as autoridades costumam conceder indultos a alguns presos que cumpriram 60% das sentenças.
Lee foi condenado em janeiro a dois anos e meio de prisão por subornos que pagou à rede criada em torno da ex-Presidente sul-coreana Park Geun-hye e da sua amiga, Choi Soon-sil, conhecida como “Rasputina”, num novo julgamento do caso que chocou o país.
O gestor tinha sido originalmente condenado a cinco anos de prisão em agosto de 2017 por pagar estes subornos com o objetivo de obter um tratamento favorável das autoridades e por desviar fundos, ocultar bens no estrangeiro e cometer perjúrio.
No entanto, em fevereiro de 2018, um tribunal de recurso reduziu a sentença e permitiu-lhe sair da prisão, mas voltou a ser julgado em agosto de 2019, quando um tribunal superior apresentou novas acusações contra o empresário, obrigando à repetição do julgamento.
Entre o tempo que passou na prisão entre 2017 e 2018 e os mais de seis meses que esteve preso este ano, Lee já tinha cumprido 60% da pena de dois anos e meio.
No entanto, a decisão não foi isenta de controvérsia, uma vez que parte da sociedade sul-coreana considera que o perdão contraria a promessa do atual Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, de combater a corrupção.
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