No âmbito do programa Smart Open Lisboa Transição Energética, promovido pela Câmara Municipal de Lisboa (CML) e gerido pela consultora de inovação colaborativa Beta-i, com o objetivo de colocar a cidade "na vanguarda do movimento de transição energética com soluções de ponta para acelerar a transição para uma economia de baixo carbono e melhorar a experiência do cidadão na cidade", 10 empresas juntaram-se rumo a uma cidade net-zero, como é dito em comunicado enviado às redações.
"Durante os últimos seis meses, empresas e empreendedores dedicaram-se ao desenvolvimento dos pilotos", continua o comunicado. A Ana Aeroportos, Brisa, Carris, Delta, EDP, Galp, Greenvolt Comunidades, Schréder, Sonae Sierra e Sporting Clube de Portugal foram parceiros do programa, a quem se juntaram a 3xP Global, a Adene – Agência para a Energia e a Vieira de Almeida como parceiros institucionais.
Diogo Moura, Vereador da Economia e Inovação da Câmara de Lisboa, considera o programa "uma das ferramentas essenciais para a transformação de Lisboa na Capital da Inovação", permitindo, ao mesmo tempo, a criação e reforço de "laços numa comunidade de instituições que veem a inovação de forma colaborativa".
Já Diogo Teixeira, CEO da Beta-i, explica que "uma capital neutra em carbono até 2030 é uma meta de todos", embora também um grande desafio, sendo que "só através da inovação em colaboração será possível desenvolverem-se soluções de impacto e escaláveis, que se traduzam em passos significativos no que respeita à transição energética".
Um dos projetos-piloto consiste numa ferramenta analítica baseada em Inteligência Artificial e machine learning (aprendizagem de máquinas), desenvolvida pela startup EVE em parceria com a Brisa, "e que auxilia na tomada de decisão relativamente à assistência rodoviária da sua frota elétrica".
Noutro projeto-piloto, a Brisa e a Schréder, numa parceria com a startup canadiana Liveable Cities, procura "fornecer uma solução para monitorizar o comportamento dos veículos, as velocidades e os parâmetros ambientais", permitindo que a Brisa compreenda o comportamento do trânsito nas interceções e perceba o seu impacto ambiental.
Já a Carris, em conjunto com a Schréder e a startup Liveable Cities, "vai fazer uma monitorização das condições ambientais nas suas instalações de armazenamento e manutenção" para "detetar alterações, enquanto se concebem e implementam políticas para melhorar os procedimentos operacionais". Vai também, num projeto com a startup EVE, tentar "otimizar a gestão da frota e reduzir o consumo de energia – e consequentes emissões de CO2", aplicando a tecnologia nos seus veículos elétricos ligeiros.
Já a ANA – Aeroportos de Portugal, em conjunto com a startup espanhola Predictive Company, procura integrar tecnologia de Inteligência Artificial no Terminal 2 do Aeroporto de Lisboa, tornando mais eficiente o seu sistema de climatização, poupando energia, otimizando os custos e reduzindo as emissões de CO2. Está também a considerar avançar com "a implementação de microturbinas eólicas em contexto de aeroporto".
O programa tem uma "componente de comunidade que assenta numa plataforma de partilha de conhecimento e experiências", com o objetivo de promover a inovação e colaboração entre a cidade, os cidadãos, as empresas e as startups.
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