Três galerias e sepulturas foram descobertas nas últimas semanas na zona do Monumento Arqueológico Chavín de Huántar, na região de Áncash, 462 km ao norte de Lima, informou o Ministério da Cultura.
"Foram encontradas três novas galerias subterrâneas que apresentam as primeiras sepulturas de humanos encontradas da época Chavín", referiu em comunicado.
Esta é a descoberta "mais importante dos últimos 50 anos no Monumento Arqueológico Chavín de Huántar", acrescentou.
No local foram encontradas peças de cerâmica, utensílios, as sepulturas intactas de uma pessoa adulta, enterrada de bruços, e de uma criança.
"As novas descobertas mostram-nos um mundo de galerias que têm a sua própria organização, com conteúdos distintos", disse à imprensa o arqueólogo americano John W. Rick, da Universidade de Stanford, que dirige esta investigação.
Rick explicou que no complexo de Chavín há 35 galerias construídas em distintos períodos e ainda restam dúzias delas por desenterrar.
"A hipótese com que se vem trabalhando é que aparentemente o adulto teria sido sacrificado como parte do encerramento da galeria", disse o vice-ministro do Património Cultural, Luis Felipe Villacorta, ao jornal La República.
Acrescentou que "aparentemente, estes lugares serviam para a preparação dos sacerdotes na época de Chavín".
Para a exploração, os arqueólogos usaram pequenos robôs com microcâmeras, que puderam entrar em lugares muitos pequenos e descobriram cavidades nos labirintos de Chavín.
"A descoberta das galerias tem uma dupla particularidade: o uso de novas tecnologias que revelaram espaços que permaneceram fechados desde a época Chavín, e a riqueza da informação arqueológica", destacou Villacorta.
O Monumento Arqueológico Chavín de Huántar, que foi o centro administrativo e religioso da cultura Chavín, é o primeiro grande centro religioso e de peregrinação da América do Sul. Em 1985 foi declarado Património da Humanidade pela Unesco.
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