A velocidade da rotação da terra está a aumentar. De acordo com a comunidade científica, em 2020 registou-se o mês mais curto desde a década de 1960. Mas esse recorde já foi batido por duas vezes só neste ano de 2022.
A 29 de junho deste ano, o planeta terra completou a rotação entre si mesma 1,59 milissegundos mais rápido do que a rotação padrão que é 24 horas (aproximadamente, 8.640.000 milissegundos). Fenómeno que leva à necessidade de se ir ajustando os relógios mundiais.
Os cientistas acreditam que estas variações estarão relacionadas com processos nas camadas do núcleo da terra, com os oceanos e as marés ou com as mudanças do clima e o degelo dos polos. Há mesmo quem defenda que o fenómeno se deve a um pequeno desvio no eixo de rotação do planeta (oscilação de Chandler).
De acordo com o Space.com, a rotação da terra tem vindo a sofrer reduções momentâneas, mas, nos últimos anos, tem-se registado o oposto. Estas variações obrigam ao ajuste dos relógios terrestres para se adaptarem ao novos horários do dia. É o que tem acontecido ao Tempo Universal Coordenado (UTC), o principal padrão de tempo pelo qual o mundo regula os diferentes fusos horários da terra.
Desde 1960, o UTC teve de ser atualizado com um segundo intercalar 27 vezes. Até ao momento, se a velocidade da rotação da terra continuar a subir, poderá ser necessário criar um segundo extra para acertar os relógios atómicos com o horário solar. Medida que poderá criar problemas para os serviços informáticos.
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