A lista de 20 filmes “sem distribuição anunciada nos Estados Unidos da América, até à hora de fecho da edição”, foi disponibilizada no ‘site’ da revista.
“A Fábrica de Nada” estreou-se em maio, no Festival de Cannes, onde venceu o prémio da crítica, a que se seguiu o prémio CineVision, em junho, em Munique, para melhor novo filme, o principal prémio do Festival de Cinema Europeu de Sevilha, em novembro, e o prémio especial do júri do festival de cinema de Turim, em dezembro.
Foi igualmente distinguido nos Prémios Fénix do cinema ibero-americano e nos festivais Duhok, no Iraque, e Miskolc, na Hungria, e foi selecionado para os festivais de Londres, Toronto e Jerusalém.
“A Fábrica de Nada” foi construído em conjunto com Luísa Homem, Leonor Noivo, Tiago Hespanha, a partir de uma ideia de Jorge Silva Melo e da peça de teatro "A fábrica de nada", de Judith Herzberg.
O filme de ficção, interpretado por atores e não atores, segue a vida de um grupo de operários que tentam segurar os postos de trabalho, através de uma solução de autogestão coletiva, e evitar, assim, o encerramento de uma fábrica.
Na lista da Film Comment, a acompanhar uma imagem do filme, a revista recupera o excerto de um artigo de cobertura do festival de Cinema de Cannes, escrito para a edição de Julho/Agosto da revista.
“'A Fábrica de Nada' é um olhar sério para o papel do trabalho hoje em dia, em particular para aqueles que pisam os destroços do capitalismo. A presença de uma personagem nas franjas – um tipo de teórico do trabalho ou agitador de crises – permite algumas reflexões marxistas, e as três horas contêm várias surpresas e deleites, nomeadamente algumas explosões de canções e danças auto-reflexivas e os mais maravilhosos assentimentos da ‘Sicilia!’, de Straub-Huillet”, lê-se no artigo.
Pedro Pinho vai ter um apoio financeiro do Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA) para uma nova longa-metragem, que tem como título provisório “Amanhã será outro dia”.
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