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Atenção: o que estou prestes a dizer pode parecer descabido tendo em conta a minha juventude, mas penso que tu, sendo mais velho ou mais novo, poderás concordar comigo, uma vez que é uma ideia que pode ser aplicada a vários temas. Diz-se que a idade é um posto e certamente cada um lida com as suas vantagens e desafios à sua maneira. Mas não há nada como uma boa lufada de ar fresco que nos faça sentir jovens outra vez.
 
Flirtar sem preocupações, provocar nos momentos inoportunos e desafiar de forma ousada são algumas das coisas de que Sofie sente saudades. Ainda que tenha um casamento aparentemente feliz, do qual resultaram dois filhos, os seus dias parecem ser dominados pela frustração. É num novo trabalho, como consultora de uma editora de livros, que conhece aquele que vai ser o principal responsável pela tal lufada de ar fresco na sua vida, o técnico de informática Max. Ao contrário de Sofie, o rapaz é um jovem descomprometido e está constantemente à procura de formas de agitar os dias monótonos.
 
No primeiro dia, depois de algumas picardias e desentendimentos, Max apanha Sofie em flagrante num momento íntimo comprometedor que pode colocar em causa o seu futuro na editora e aproveita para tirar uma fotografia e guardar o momento para poder tirar proveito do mesmo mais tarde. Para que a fotografia seja apagada, a mãe de família terá de levar o técnico a almoçar fora. E assim começa uma série de desafios aparentemente inocentes, mas que termina num perigoso jogo de sedução, que parece conquistar a atenção dos dois protagonistas e que os mete à prova, quer no campo pessoal, quer no profissional.
 
Esta é a história principal de “Amor e Anarquia”, uma série sueca que chegou nos últimos dias à Netflix e que está a conquistar espectadores. A primeira temporada tem apenas oito episódios de meia hora, que parecem chegar ao fim num instante, mas já há rumores de planos para o futuro, ainda sem confirmações.

  • A magia das diferenças culturais: Quem está habituado ao registo “americanizado” deste tipo de história vai sentir uma certa frieza na dinâmica do par sensação, ou não tivesse a série origens escandinavas. Ainda que com alguns toques de humor, todos os episódios são dominados, acima de tudo, pela tensão, mas falta aquela paixão acesa que este enredo pede.
  • Séries com sotaque sueco: A série criada por Lisa Langseth junta-se a “Quicksand” e a “Young Wallander” na lista de produções suecas na Netflix.
Love and Anarchy Love and Anarchy
créditos: Rodrigo Mendes | MadreMedia

Duas famílias separadas pelo amor ao País Basco
 
Antes de mais, vamos a uma pequena aula de história. Oficialmente, foi em 1959 que nasceu a ETA, a organização nacionalista que defende o Movimento de Libertação Nacional Basco. Com o objetivo de tornar a região independente e libertar o País Basco de Espanha e França, adotando uma estratégia agressiva, a ETA acabou por desencadear um confronto político que também assombrava os populares. É para o meio desta tensão que nos transporta a série “Pátria”, dando-nos a perspetiva de duas famílias, a de Txato Lertxundi e Bittori e a de Joxian e Miren.
 
Amigos há vários anos, as duas famílias cortam ligações depois de Txato ser assassinado no meio da rua, num ataque reivindicado pela ETA. A mulher Bittori acaba por se afastar da sua terra, mas regressa anos mais tarde, decidida a desvendar quem foi o responsável pela sua viuvez. Mas, no meio de uma tragédia, porque é que os amigos Joxian e Miren lhe viraram as costas? Isso é uma resposta que vamos descobrindo ao longo dos episódios disponíveis na HBO Portugal. O filho mais velho de Joxian e Miren, Joxe Mari, é membro da ETA e desapareceu anos antes da morte de Txato. Na manhã da sua morte, há rumores de que pode ter voltado à sua terra. Ainda que tenha acabado preso, Bittori não tem quaisquer certezas de que tenha sido Joxe Mari a matar o marido, mas está disposta a enfrentar todos os obstáculos para descobrir a resposta.
 
Pelo meio, os restantes membros da família, inclusive os filhos dos dois casais, que cresceram juntos, voltam a aproximar-se e tentam descobrir qual será o seu papel no meio do desenrolar dos acontecimentos, enquanto consideram que o amor e a devoção por uma causa podem ter levado Joxe Mari a fazer o pior. A série vive entre o presente e flashbacks, é dominada pela tensão e encanta-nos pela beleza das suas imagens.

  • Para ver com um bocadinho de maior atenção: A língua dominante é o basco, que é bastante diferente do castelhano. Esta talvez não seja uma daquelas séries para veres enquanto fazes scroll no Instagram ou no Twitter.
Masters of Sex Masters of Sex
créditos: Rodrigo Mendes | MadreMedia

Um orgasmo para ti, um orgasmo para mim

É verdade que muitas das recomendações que fazemos nesta newsletter se baseiam em conteúdos que podes ver através da subscrição de plataformas de streaming, como a Netflix ou a HBO. Mas hoje, para variar, venho falar-te de uma série que podes ver num canal de televisão, desde que tenhas o serviço de qualquer uma das operadoras portuguesas. Chama-se “Masters of Sex”, foi inspirada na biografia “Masters of Sex: The Life and Times of William Masters and Virginia Johnson, the Couple Who Taught America How to Love”, de Thomas Maier, e não é propriamente nova.

No elenco temos os atores Michael Sheen e Lizzy Caplan, que interpretam as personagens principais, William Masters e Virginia Johnson, respetivamente, dois cientistas pioneiros na descoberta da sexualidade humana durante os anos 50. Numa altura em que o tema ainda era tabu na sociedade, em que, citando o doutor Masters, “há vários estudos sobre a forma como os bebés nascem, mas nenhum sobre como os bebés são feitos”, a dupla de cientistas procurou falar sobre o “assunto proibido”.

Mas quando se fala de uma coisa tão íntima, mesmo que num âmbito profissional, manter a atração de parte parece ser mais complicado do que aquilo que pensavam. Claro que a tarefa não fica facilitada quando os dois decidem ser cobaias da própria investigação.

No meio da tensão sexual entre os dois, é importante salientar as mensagens que a série pretende passar e perceber os estigmas inimagináveis que havia antigamente em relação ao prazer, especialmente no que diz respeito ao orgasmo feminino. No final, vale a pena valorizar o papel de Virginia e William que, quer na série, quer na vida real, ensinaram ao mundo como amar e como fazer o amor.

  • Os mestres fizeram sucesso: Entre os vários prémios de prestígio na indústria, a série recebeu várias nomeações ao longo dos anos. Acabou por vencer e se distinguir como a Nova Série Mais Emocionante nos Critics Choice Television Awards de 2013 e Allison Janney arrecadou o Emmy de Melhor Atriz Convidada em Série Dramática em 2014.
  • Onde ver: Estreou em 2013, originalmente na Showtime, e vai passar agora no AXN White. O primeiro episódio estreou há uns dias e vai passar um novo episódio das 4 temporadas disponíveis todas as quintas-feiras.

Créditos Finais

  • Habemus Presidente: Depois de dias com os corações a palpitar, ansiosos por saber o resultado das eleições americanas, finalmente ficámos a saber que Joe Biden será o próximo habitante da Casa Branca. Enquanto esperava pela novidade, a internet não perdoou e fez aquilo que sabe fazer melhor: memes. Dá uma vista de olhos nesta compilação do Insider.
  • XOXO, Gossip Girl: Oito anos depois da estreia da última temporada da série icónica, o reboot de “Gossip Girl” estava agendado para 2020, mas acabou por sofrer um atraso na produção. Contudo começa a dar os primeiros sinais e, depois de anunciados alguns dos atores que vão participar, nos últimos dias foi-nos aberto o apetite com algumas fotos do set. Ora espreita aqui.
  • EMA’s 2020: Mesmo nos tempos que correm, a cerimónia da MTV que premeia os artistas, as músicas e os videoclips mais populares na Europa aconteceu em formato virtual no dia 8 de novembro. Enquanto o prémio de Melhor Vídeo foi para “Popstar”, de DJ Khaled com Drake e Justin Bieber, Lady Gaga foi considerada a Melhor Artista, e “Dynamite”, do grupo BTS, a Melhor Música. Vê aqui a lista completa dos vencedores da noite.

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