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Para alimentar a imaginação e as teorias de conspiração
A minha primeira sugestão de hoje chegou-me através de uma notificação da app da Netflix. Dizia algo como “‘Clickbait’ já está disponível”, e, sem saber eu de que é que se tratava, passei para o lado o alerta, pensando eu que era um filme ou série de adolescentes sobre uma jovem que quer ser YouTuber.
Mais tarde, quando fazia um scroll em busca da série que me ia fazer companhia pela noite dentro, deparei-me novamente com o título. Desta vez, tinha mais informações. Uma minissérie dramática que me estava a ser sugerida tendo como base em alguns thrillers que fui vendo ao longo dos tempos. Uma pontinha da minha atenção a série já tinha, mas faltava saber se me iria satisfazer o suficiente para querer descobrir mais. O melhor era mesmo dar play, e assim o fiz.
A história é bastante simples e fácil de perceber. Na internet, aparece um vídeo de Nick, um homem na casa dos 40, que se torna viral, onde este está a segurar um cartaz onde uma frase o acusa, em jeito de confissão, de abusar de mulheres e que promete que, assim que o vídeo chegar às 5 milhões de visualizações, será morto. Mas tudo isto acontece sem que qualquer pessoa no quotidiano do treinador o pudesse prever. Era treinador universitário, tinha uma família aparentemente feliz e, à excepção de ocasionais discussões com a irmã Pia, era conhecido como uma pessoa pacífica.
Para além de apurar factos, é preciso localizar Nick e garantir que os internautas revoltados com o caso que apenas conhecem através de duas frases não ditam o seu destino antes que seja tarde de mais. O caso é então entregue à polícia, que vai tratar de nos ajudar a obter respostas para todas as perguntas. Quem raptou Nick? Afinal de quem é que o treinador abusou? Que tipo de controlo é que as autoridades têm em situações em que a principal prova é um vídeo publicado na internet?
Diria que é praticamente impossível desvendar o culpado antes do último episódio mas spoiler alert: não confiem nas personagens só porque elas parecem fofinhas.
Detalhes que nos cativam: A série tem oito episódios e todos eles são contados através da perspetiva de uma personagem diferente à medida que são descobertas novas informações. Um clássico método que nos ajuda a desconfiar de todas as personagens mas que, neste caso, funciona muito bem.
Espreita aqui o trailer.
Entre o woke e a velha guarda
O nome Sandra Oh diz-vos alguma coisa? Não vale ir pesquisar ao Google. Não? E se eu vos falar na agente secreta de “Killing Eve”? Ou melhor, se vos falar na Cristina de “Anatomia de Grey” (não é aquela principal, é a outra, a amiga dela)? Diria que agora as probabilidades de reconheceres a sua cara de outras produções já aumentou.
Dito isto, e agora que sabemos todos quem é quem, vou dar-te a minha segunda sugestão de hoje, a série que, depois daquelas que já mencionei, vem dar um papel de destaque à atriz: “A Diretora”, da Netflix.
Para títulos simples há explicações fáceis. Quer dizer, mais ou menos. Nesta nova série, Sandra Oh vai interpretar Ji‑Yoon, a primeira mulher à frente de uma reconhecida universidade americana, recém-chegada à posição. Pela frente, vai ter várias missões difíceis de gerir que vão dar algum drama ao enredo da série.
Para começar, a escola à frente da qual Ji-Yoon está ainda está muito presa ao passado e pouco modernizada. Os métodos de ensino são arcaicos e pouco interessantes para os alunos, muitos docentes ainda pertencem à velha guarda e não aceitam de bom grado as indicações da nova diretora e toda a estrutura da universidade está baseada em pouca representatividade. Tudo isto se torna num problema particularmente complexo quando do outro lado da sala estão alunos com uma capacidade de foco que exige métodos mais modernos e com as antenas woke sempre ligadas e a postos para arranjar um motim com qualquer frase do professor menos apropriada.
Não fosse isto já dor de cabeça grande o suficiente, Ji-Yoon tem ainda de conciliar a vida pessoal, de dar a devida atenção à sua filha adotiva e de tentar permanecer eticamente correta enquanto se debate com num flirt intensivo com um professor problemático da universidade. Parece-vos dramático o suficiente?!
O veredito final: A série é um bom equilíbrio de drama e descontração, um registo que assenta particularmente bem a Sandra Oh. Com seis episódios de cerca de meia hora, o único problema da série é parecer ter demasiado potencial para ser condensada em tão pouco tempo. Se tivesse mais 4 episódios e 10 minutos de duração, ninguém se ia queixar.
Aproveita o que de bom se faz por cá
No último episódio do nosso podcast recebemos o Manuel Pureza, realizador da série “Pôr do Sol”, que está a fazer tanto sucesso nas redes sociais como na plataforma de streaming RTP Play. Se não tiveste oportunidade de espreitar a série, podes acompanhar os seus episódios (que estão mesmo quase a chegar ao fim) aqui.
E já que estás pelo RTP Play, deixo-te ainda três sugestões de séries às quais penso que vale a pena dar uma oportunidade:
“Sara” - uma ideia de Bruno Nogueira que satiriza o mundo audiovisual e que conta com vários atores portugueses brilhantes no elenco.
“Até Que A Vida Nos Separe”: Também realizada por Manuel Pureza, a série segue a hilariante família Paixão e os seus dramas, e promete arrancar-nos risos, tal como “Pôr do Sol”.
“A Espia”: Num registo menos “engraçado” e mais dramático e histórico, esta produção leva-nos até ao cenário de Portugal durante Segunda Guerra Mundial e o elenco conta com a presença de dois dos atores portugueses mais conhecidos internacionalmente, Diogo Morgado e Daniela Ruah.
Créditos Finais
Chegou finalmente: O álbum “Donda” de Kanye West foi anunciado há várias semanas, teve direito a várias listening parties, teasers pela internet e datas de lançamento que não foram cumpridas, mas já está cá fora. Ouve aqui.
- A solução para os teus problemas: Seja com a tua cara metade ou com um amigo ou familiar, todos sabemos que na hora de escolher um filme para ver em conjunto se passa mais tempo à procura do que a olhar para a longa metragem. Por isso venho partilhar um site que te dá uma sugestão baseada num filme de que tu e a outra pessoa gostaram. Experimenta aqui.
- Ó Netflix...: Nos últimos dias estreou na plataforma de streaming um filme que está a dar que falar e que foi direto para o número 1 de conteúdos mais vistos, “Ele é demais” . Porque é que eu não te falei dele hoje? Bem, essencialmente porque teria de inaugurar oficialmente a rubrica “Acho Que NÃO Vais Gostar Disto”. Mas para te dar algum contexto, deixo-te com este artigo do Washington Post que te explica tanto o sucesso como alguns dos falhanços do filme.
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