"Rapture" será o título desta exposição - a primeira individual do artista em Portugal - cujas obras originais estão a ser produzidas no país, explorando técnicas tradicionais locais, revisitadas por Ai Weiwei, revelou o artista numa conferência de imprensa, na presença do curador da mostra, Marcello Dantas, e do diretor da promotora Everything is New, Álvaro Covões.
Esta mostra, que ocupará duas alas da Cordoaria até 28 de novembro do próximo ano, também irá conter alguns dos trabalhos mais icónicos do artista, mundialmente conhecido pela oposição ao regime chinês e pelas mensagens no seu trabalho sobre questões fortemente políticas, e em defesa dos direitos humanos.
"Estou aqui estabelecido há alguns meses, e a aprender com a cultura local e o artesanato", disse Ai Weiwei, que tem trabalhado em Portugal, numa propriedade no Alentejo, onde o projeto está a ser desenvolvido.
O título da exposição reúne duas dimensões da vida e obra do artista chinês: o seu lado carnal, ligado a uma dimensão terrena, de abordagem da realidade e da atualidade, do sensorial, do sequestro dos direitos e liberdades; e uma dimensão espiritual, ligada ao transcendente, à cultura, ao êxtase e à fantasia, como explicou o curador.
Nascido em agosto de 1957, em Pequim, Ai Weiwei tem trabalhado há décadas sobretudo na área do documentário e artes visuais, mantendo uma postura crítica sobre a China, em questões de direitos humanos, sendo autorizado a sair em 2015, já depois de vários trabalhos de investigação de corrupção no governo chinês, mas também após ter sido consultor do ateliê de arquitetura Herzog & de Meuron para o Estádio Nacional, para os Jogos de Pequim 2008.
[Notícia atualizada às 14h03]
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