“Confirmo que a Câmara de Castelo Branco está a trabalhar para instalar um núcleo de cerâmica do Museu Cargaleiro nas antigas instalações da GNR”, afirmou Leopoldo Rodrigues.
Há um ano, cerca de 1.900 peças de arte em cerâmica, avaliadas em 1,2 milhões de euros, foram doadas pelo artista português Manuel Cargaleiro à sua Fundação, sediada em Castelo Branco.
Manuel Alves Cargaleiro nasceu em 16 de março de 1927, em Chão das Servas, Vila Velha de Ródão, e a fundação criada pelo pintor e ceramista português para gerir as suas obras tem a sede em Castelo Branco desde 2010.
À Lusa, o assessor para a Cultura e Educação da Câmara Municipal de Castelo Branco, Fernando Raposo, explicou que a autarquia está ainda “dependente do concurso do mobiliário expositivo”.
“A Câmara está a trabalhar nisso, para ali [antigas instalações da GNR de Castelo Branco] instalar o núcleo de cerâmica do Museu Cargaleiro”, disse.
Fernando Raposo realçou a importância da criação deste núcleo para a cidade.
“Vem reforçar o acervo do Museu Cargaleiro e é fundamental porque vem completar a obra do Cargaleiro e abrir boas perspetivas em termos de atratividade e de públicos diferentes”.
A Fundação Manuel Cargaleiro foi criada em 1990 pelo artista, com fins de natureza cultural, artística e pedagógica, tendo por principal objetivo a criação, organização e administração do Museu Cargaleiro, como forma de estudar, investigar, conservar, divulgar e dinamizar o acervo artístico da Coleção da Fundação Manuel Cargaleiro.
À data da sua instituição, a Fundação Manuel Cargaleiro estava sediada em Lisboa, tendo o arquiteto Álvaro Siza Vieira realizado o estudo, entre 1991 e 1995, para o projeto arquitetónico da sede da Fundação Cargaleiro na Praça de Espanha em Lisboa, que não se concretizou.
Atualmente, e através de parceria com a autarquia de Castelo Branco, a Fundação Manuel Cargaleiro encontra-se sediada na zona histórica de Castelo Branco.
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