“Cuca Roseta desde há muito tempo que inclui no seu repertório poemas que escreve, e decidiu agora reunir toda a obra num livro que quer editar, em jeito de surpresa, no dia 15, celebrando a distinção de passar a ser cooperadora da Sociedade Portuguesa de Autores”, disse à agência Lusa o seu agente, Miguel Capucho.
Cuca Roseta é o nome artístico de Maria Isabel Rebelo Couto Cruz Roseta, nascida em Lisboa há 37 anos, e que iniciou carreira na banda Toranja, liderada por Tiago Bettencourt, que fora seu colega no coro paroquial de S. João do Estoril, entre 1990 e 2000.
Em 2005 iniciou-se nas lides fadistas, atuando no Clube de Fado, em Lisboa, do guitarrista e compositor Mário Pacheco.
Em declarações à Lusa, Cuca Roseta afirmou que “revê, um pouco, todo o seu percurso de vida neste livro”, pois recuperou alguns poemas que tinha escrito “quando era mais nova”.
O livro inclui “quase todos os poemas” que já gravou.
Cuca reconheceu que “já escreve algo influenciada pelo fado, com as tónicas todas certinhas”, e pelos temas que escolhe: o amor, a saudade e descrições de Lisboa.
O livro abre com “Versos contados” e inclui, entre outros, “Amor livre”, “Eu sou como o vento”, “Estradas paralelas”, “Vai chegar o grande dia”, “Ai do vinho”, “Para lá do sol” e encerra com “Vou tentar”.
Em “Versos cantados”, escreve Cuca: “Do meu fado fiz a letra/ E da letra fiz canção/ Fado tem sua ciência/ Não se canta sem razão”.
O primeiro álbum da fadista saiu em 2011, produzido pelo argentino Gustavo Santoalla, em que já incluiu letras de sua autoria, “Homem Português” e “Nos Teus Braços”. Anteriormente, tinha participado na coletânea “Fado: Sempre! Ontem, Hoje e Amanhã” (2008) e na banda sonora do filme “Fados” (2007), do espanhol Carlos Saura.
O mais recente disco de Cuca Roseta, “Luz de Natal”, data de novembro do ano passado. É inteiramente constituído por temas natalícios ou de inspiração mariana, como “Ave Maria”, de Schubert, e foi gravado numa “sonoridade jazz”.
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