Em comunicado, a Câmara Municipal do Porto revelou que entre os dias 13 e 31 o legado do escritor de obras como “A Metamorfose” vai estar em destaque naquela biblioteca municipal ao abrigo de uma iniciativa da Embaixada da República Checa em Portugal e do Consulado Honorário da República Checa no Porto, permitindo conhecer “as raízes pessoais culturais e religiosas” de Kafka, que morreu a 03 de junho de 1924.

Nesse âmbito, no dia 13 será inaugurada a exposição "Franz Kafka, um homem do seu e do nosso tempo", na qual será refletido um conjunto de painéis informativos concebidos a partir do livro homónimo do poeta Radek Maly e da ilustradora Renata Fucikova.

Segundo o texto, “as ilustrações a tinta negra de Fucikova revisitam a atmosfera angustiante e opressiva dos textos de Kafka, ao mesmo tempo que capturam o espírito da cidade de Praga, onde o escritor viveu, influenciando a sua obra literária”.

Aquela exposição “traça um percurso através dos momentos-chave da vida de Kafka, das suas relações familiares e intelectuais e dos cenários urbanos de Praga”, sendo que “a programação em torno da vida do escritor marca, ainda, uma oportunidade para refletir sobre a sua relevância e legado, tanto no tempo em que viveu, como na atualidade”.

"Franz Kafka, um homem do seu e do nosso tempo" vai estar patente até dia 31 e aberta de segunda a sexta-feira, entre as 09:00 e as 21:00, e aos sábados, entre as 10:00 e as 18:00.

Além daquela exposição, no âmbito do centenário da morte de Kafka as Bibliotecas Municipais do Porto também vão oferecer um programa de leitura que convida os participantes a explorar o universo literário de Kafka.

Assim, no dia 16 de janeiro, pelas 18:30 será feita uma análise do conto "Na Colónia Penal" e no dia 18, às 15:30 haverá uma discussão sobre o livro "A Metamorfose".

A programação de homenagem a Franz Kafka é de entrada livre, mediante inscrição prévia nas páginas das Bibliotecas Municipais e do Museu do Porto.

Kafka nasceu em 1883 em Praga, no que era então parte do império Austro-Húngaro e viria a ser mais tarde a República Checa.

Autor de uma obra curta, mas plena de livros fundamentais da literatura do século XX como “A Metamorfose” ou “O Processo”, Kafka morreu, aos 40 anos, de tuberculose em 1924 numa clínica perto de Viena.