Na área das artes performativas arranca este ano uma parceria com a Materiais Diversos, uma associação cultural fundada pelo coreógrafo Tiago Guedes.
O acordo entre as duas instituições prevê a “programação cruzada”, com a Materiais Diversos, que vai apresentar três performances no Bons Sons, festival que levará depois a música ao festival de Artes Performativas da associação, em Minde.
Ana Jezabel e António Torres, na sexta-feira, dia 11, protagonizam o primeiro dos três momentos de dança, no festival, a que se seguirão, no sábado, 12, Lander & Jonas e, no domingo, dia 13, Carlota Lagido.
Já que no que toca ao cinema a parceria é com o Curtas em Flagrante e resultará na apresentação de oito curtas-metragens, em duas sessões, no auditório da aldeia que, entre de sexta a segunda-feira, se transforma no recinto do Bons Sons.
Curtas em Flagrante é um festival itinerante de curtas-metragens provenientes de países de língua portuguesa que tenta, segundo os organizadores dos Bons Sons, “impulsionar uma nova perspetiva de interpretação da linguagem cinematográfica e audiovisual”.
Em Cem Soldos, a primeira sessão de curtas terá início às 14:00 de segunda-feira, com a projeção de quatro produções, que se inicia com “Circus Debere Berhan”, um filme mudo de 11 minutos, da autoria do alemão Lukas Berger.
“Alvará”, do brasleiro Pedro Von Krüger de Freitas, mostra de seguida, em 16 minutos, as complicações burocráticas que a corrupção pode gerar a quem quer legalizar um bar.
A portuguesa Joana Maria Sousa leva ao écrã “Like a Tree”, um filme sobre as influências da cultura tradicional chinesa, antecedendo a projeção de “Akatikum”, produzido por um coletivo do Brasil, que aborda a questão das comunidades indígenas no sul da Bahia.
A 'curta' “Speed Dating”, com alguns minutos de duração, idealizada e produzida por Pedro Caldeira e Paulo Graça, em apenas 77 horas, fecha a sessão mostrando as aventuras e desventuras de Alex à procura da sua alma gémea.
A segunda sessão começa às 16:00, com “Pontos de Vista”, de Fábio Yamaji, que, em 15 minutos, põe o espetador na pele de Maria, uma guia turística cega, que orienta passeios em S. Paulo, Brasil, acompanhada pelo seu cão.
Outra Maria protagonizará de seguida “Quartos em Lisboa”, de Francisco Carvalho, também do Brasil, tal como “Fronteira Invisível”, produção de Nico Muzi e Nicolás Richat, que se debruça sobre a corrida ao óleo de palma, que devastou territórios.
O documentário “Cantadores de Paris – Autópsia de uma Montagem”, comentado por Tiago Pereira, produtor de um filme que vai estrear em novembro, termina com chave de ouro a programação do cinema, numa sessão, marcada para as 18:00.
Serão 50 minutos de sequências e ideias de montagem do filme que o produtor irá partilhar com o público do Bons Sons, antecipando a montagem final que aborda um grupo de Cante Alentejano, criado em Paris, por pessoas que não são portuguesas e que não conhecem o Alentejo.
O Festival Bons decorrerá na aldeia de Cem Soldos, no concelho de Tomar, entre os dias 11 a 14 deste mês, com 45 espetáculos repartidos pelos oito palcos da aldeia.
Entre os artistas estarão José Cid, que vai apresentar, no domingo, o álbum de rock progressivo "10.000 anos depois entre Vénus e Marte”, Rodrigo Leão, Orelha Negra, Mão Morta, Capitão Fausto, Samuel Úria, Paulo Bragança, Virgem Suta, Frankie Chavez, Né Ladeiras, Medeiros/Lucas, Glockenwise, Throes +The Shine, Señoritas, Octa Push e Sampladélicos, entre outros.
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