A CP – Comboios de Portugal informou hoje que a viagem inaugural do comboio histórico da Linha do Douro se realiza no sábado e que, este ano, prevê a realização de 23 viagens, aos sábados e no feriado de 15 de agosto, até 26 de outubro.
O número de viagens programadas para 2019 equivale a cerca de metade das que foram realizadas no ano passado. Nas edições anteriores, a CP realizava também viagens aos domingos.
Já no final de março, em comunicado, a empresa justificou a redução do número de viagens com a diminuição da procura que se verificou em 2018, ano em que viajaram no comboio histórico 6.190 clientes, quando em 2017 esse número foi de 10.100 clientes.
Segundo a CP, as receitas obtidas foram da ordem de 375.700 euros em 2017 e 234.100 euros em 2018.
Esta redução da oferta originou críticas por parte de autarcas e operadores turísticos da região.
Na altura, o presidente da Câmara de Peso da Régua, José Manuel Gonçalves, mostrou-se “frontalmente contra” e disse que a redução da oferta turística ferroviária no Douro é “prejudicial para a imagem” do território e “para a captação de turistas”.
O programa do comboio histórico na Linha do Douro arrancou no final da década de 90.
A locomotiva a vapor, que puxa cinco carruagens históricas de madeira datadas do início do século XX, parte do Peso da Régua, distrito de Vila Real, e segue até ao Tua, concelho de Carrazeda de Ansiães, distrito de Bragança, numa viagem com vista para o rio Douro e as vinhas em socalco, em pleno Património Mundial da UNESCO.
A CP disse que “mantém a aposta neste segmento de turismo ferroviário, procurando conjugá-la com a necessária sustentabilidade e equilíbrio económico destes produtos”.
E adiantou que o comboio histórico do Douro estará também disponível para “a realização de circulações especiais, para clientes que estejam interessados na sua contratação”.
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