De acordo com um comunicado divulgado, foi assinado hoje o protocolo entre aquela instituição académica e o Camões — Instituto da Cooperação e da Língua, em Rennes, na região da Bretanha (França), para a criação da Cátedra Mário Soares.

O objetivo do protocolo firmado é o de criar “condições para alargar a oferta dos estudos relativos à língua portuguesa e culturas de expressão portuguesa”, refere a nota.

Deste modo, vão ser desenvolvidas iniciativas “junto da cidade e da região” de âmbito científico e cultural, “nos domínios da História e da Cultura, da Língua e das Literaturas de língua portuguesa” e com enfoque nas linhas de investigação de “História e Cultura — Século XX e transição democrática em Portugal” depois do 24 de Abril de 1974.

“Língua — Perspetiva diacrónica nas suas variações e variedades no espaço lusófono” e “Literaturas de língua portuguesa (períodos colonial e pós-colonial): literatura e outras expressões artísticas” também fazem parte das linhas de investigação desta cátedra.

A língua portuguesa começou a ser lecionada em Rennes há 100 anos. Em 1921, acrescenta o comunicado divulgado pelo Instituto Camões, apenas existia o Instituto de Português em Paris, capital francesa.

O antigo Presidente da República Mário Soares foi professor associado da Universidade de Rennes entre 1971 e 1973 e “um terceiro leitorado viria a ser estabelecido, sendo custeado inteiramente” pela instituição académica a partir de novembro de 1974.

“Em 1977 a Université de Haute Bretagne Rennes 2 (Reitor Michel Denis) atribuiu a Mário Soares as insígnias de Doutor Honoris Causa em cerimónia que contou com a presença do então primeiro-ministro”, dá conta a nota.

Soares voltaria em 1991, enquanto chefe de Estado português, por ocasião dos 70 anos do ensino do português em Rennes e em 2004 participou num colóquio sobre os quarenta anos da Revolução dos Cravos.

A cátedra criada agora é a 60.ª do Instituto Camões e a sétima a ser concretizada este ano.