A Filandorra – Teatro do Nordeste, sediada em Vila Real, foi excluída dos apoios do Programa de Apoio Sustentado às Artes – Teatro (Biénio 2025 – 2026), promovido pela Direção-Geral das Artes (DGArtes), saiu à rua em protesto já em janeiro e, na semana passada, recebeu a visita da ministra da Cultura, que garantiu estar a estudar soluções futuras para apoiar estruturas como esta.

Na consequência da exclusão deste financiamento, os deputados do PS eleitos pelo distrito de Vila Real, Carlos Silva e Fátima Correia Pinto, questionaram a ministra Dalila Rodrigues, através da Assembleia da República.

Na pergunta, remetida hoje à agência Lusa, os parlamentares questionam o Governo sobre os fundamentos que levaram a DGArtes a excluir a Filandorra, uma companhia com 39 anos de atividade ininterrupta e que possui protocolos com cerca de 25 municípios e instituições de ensino superior.

Os socialistas alegaram que caso a decisão da DAGartes não “mereça reponderação” poderá “conduzir à extinção deste relevante projeto”.

Carlos Silva e Fátima Correia Pinto questionaram ainda a ministra sobre medidas de discriminação positiva que poderão ser disponibilizadas às instituições e organizações culturais dos territórios do Interior, para que as suas atividades anuais possam “ser mais sustentavelmente desenvolvidas”.

Os parlamentares defenderam uma “diferenciação positiva por parte dos governos nos apoios às instituições e organizações que teimosamente desenvolvem atividade cultural nestes territórios mais debilitados”.

Na sexta-feira ficou a saber-se que 15 candidaturas, das 58 admitidas no concurso de Teatro do Programa de Apoio Sustentado 2025/26 da DGArtes, não serão apoiadas por ter sido esgotado o montante disponível de 10,08 milhões de euros.

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Embora o montante financeiro global disponível neste concurso, de 10,08 milhões de euros (a repartir por dois anos), represente um aumento de 68% em relação ao ciclo anterior (2023/2024), em que a dotação foi de seis milhões de euros, 15 ficaram sem apoio por "ter sido esgotado o montante global disponível”.

Para receberam apoio, as candidaturas têm de obter uma pontuação acima dos 60%. As 15 candidaturas não apoiadas tiveram pontuações finais entre os 60,14% e os 74,56%, sendo que a companhia transmontana Filandorra obteve uma pontuação de 69%.

Os concursos do Programa de Apoio Sustentado 2025/2026, na modalidade bienal, abriram em maio, encerraram em julho do ano passado e os resultados finais foram divulgados a 31 de janeiro.