Os seis finalistas de um dos mais importantes prémios literários da língua inglesa são a zimbabueana NoViolet Bulawayo, os norte-americanos Elizabeth Strout e Percival Everett, o britânico Alan Garner (o escritor mais velho de sempre a ser finalista), Shehan Karunatilaka, do Sri Lanka, e a irlandesa Claire Keegan.

“A maior parte da lista de finalistas é inspirada em eventos reais, desde a guerra civil do Sri Lanka e a queda de Mugabe ao escândalo dos asilos de Madalena, na Irlanda, e o assassinato de Emmett Till”, salientou a organização do prémio, em comunicado.

Cada um dos autores finalistas vai receber 2.500 libras (2.900 euros), estando a cerimónia de anúncio do prémio marcada para o dia 17 de outubro, em Londres.

NoViolet Bulawayo é finalista do Booker pela segunda vez, agora com “Glory”, enquanto Percival Everett é nomeado por “The Trees”.

Alan Garner está na corrida ao prémio com “Treacle Walker” e Shehan Karunatilaka concorre com “The Seven Moons of Maali Almeida”.

Claire Keegan, que vê o seu livro de 116 páginas tornar-se no mais breve finalista de sempre, surge nomeada por “Small Things Like These” e Elizabeth Strout por “Oh William!”.

Dos seis finalistas, apenas NoViolet Bulawayo e Elizabeth Strout estão publicadas em Portugal, a primeira com “A Neve e as Goiabas” (pela Teorema, em 2014) e a segunda com “Olive Kitteridge” (Casa das Letras, em 2010, com subsequentes edições pela Alfaguara), “O Meu Nome é Lucy Barton” (2016), “Tudo é Possível” (2018) e “A Segunda Vida de Olive Kitteridge” (2021), pela Alfaguara, que também já publicou o livro agora finalista.

O júri do Booker é presidido pelo historiador Neil MacGregor, contando ainda com a investigadora Shahidha Bari, a historiadora Helen Castor e os escritores M. John Harrison e Alain Mabanckou.

O prémio Booker tem um valor monetário de 50.000 libras (cerca de 58 mil euros) e é aberto a obras literárias de autores de qualquer nacionalidade, que tenham sido escritas em inglês e publicadas no Reino Unido ou Irlanda.

Em 2021, o prémio Booker foi atribuído ao escritor sul-africano Damon Galgut, com o romance "A Promessa".