Vencedor de uma dezena de prémios, incluindo o de Prémio de Melhor Documentário no 22.º Festival de Málaga 2019, "Terra Franca", de 2018, acompanha a vida de Albertino Lobo, um pescador de Vila Franca de Xira (onde a realizadora nasceu) ligado desde sempre ao rio Tejo.
O retrato das contingências, e incongruências, do trabalho e família do pescador, ao longo de quatro estações, insere-se no tema de "colonialismo e a migração - temas extremamente relevantes em atual situação política global", disse à agência Lusa a diretora do festival, Winnie Brook Young.
Do programa, que se estende até domingo, fazem ainda parte "Batida de Lisboa" (2019), de Rita Maia e Vasco Viana, que explora a música feita nos subúrbios de Lisboa, apresentando músicos com diferentes origens culturais, de Angola, São Tomé e Príncipe ou Cabo Verde, e "Understory" (2019), de Margarida Cardoso, que reflete sobre a colonização através de um documentário sobre a planta do cacau.
O LusoFilm, que conta com o apoio do Instituto Camões, vai ainda apresentar as curtas-metragens portuguesas "Wild Berries", de Marianna Vas, Hedda Bednarszky e Romulus Balazs, coproduzida com a Roménia e Hungria, e "Outside Oranges Are Blooming", de Nevena Desivojevic, coproduzida com a Sérvia.
O festival apresenta também filmes brasileiros, refletindo a abrangência lusófona do evento, que decorre em paralelo e em colaboração com o IberoDocs, que apresenta documentários de autores portugueses, espanhóis e latino-americanos já na sétima edição.
"A nossa edição anterior (2019) foi muito bem-sucedida, com a maioria dos nossos eventos esgotados. Geralmente, o nosso público é formado por cineastas, críticos de cinema, académicos, falantes de português das comunidades de Glasgow e de toda a Escócia, com ou sem interesse em filmes, estudantes e alguns transeuntes que têm interesse pela cultura ibérica ou lusófona", acrescentou a diretora.
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