A cara de um palhaço profissional, com maquilhagem e penteados divertidos, é única - ou pelo menos deve ser. A originalidade reflete-se na sua caracterização e há que preservá-la.
A Clowns International - a sociedade de palhaços mais antiga no mundo - mantém o registo das caras dos palhaços e não o faz com fotografias ou desenhos. Fá-lo com uma tela pequena e frágil: ovos de cerâmica cuidadosamente pintados e decorados.
Laços, narizes vermelhos, perucas e chapéus - todos têm lugar no seu próprio ovo, que fica guardado na vila de Wookey Hole, em Somerset (Inglaterra) - onde estão cerca de 240 ovos - e na igreja da Santa Trindade, em Dalston, no norte de Londres - também conhecida como a Igreja dos Palhaços (Clowns’ Church), que alberga outros colecionáveis do mundo dos palhaços. Há fatos, quadros e adereços e estas coleções podem ser visitadas pelo público.
Este método de registo já é tradição. Em 1946, Stan Bult, um membro do então International Circus Clowns Club (o agora Clowns International) começou a pintar a face de palhaços importantes em ovos de galinha, já vazios. A coleção de 200 ovos só saía de sua casa para ser mostrada em exibições. Em 1960, maior parte dos ovos ficaram destruídos acidentalmente numa dessas mostras.
No final de 1980, a prática foi ressuscitada e palhaços profissionais podiam pedir que a sua cara fosse registada para que os colegas não os copiassem. Depois de descoberta a identidade visual de um palhaço, um artista da Clowns International replicava o visual para um ovo de cerâmica. Nasciam dois ovos idênticos: um para ser guardado numa galeria e outro para o profissional guardar.
Só é permitido a palhaços profissionais com a tal identidade visual desenvolvida terem um ovo guardado. Palhaços novos, crianças e palhaços informais não têm permissão.
Um novo ovo é pintado quando um palhaço se regista na Clowns International. A coleção ficou mais popular depois do lançamento do livro fotográfico “The Clown Egg Registry” de Luke Stephenson, cujas fotos que destacam ovo a ovo pode ver aqui.
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