Intitulada “A mão que vê e manda! Pomar, Oito décadas”, esta mostra junta obras, na maioria inéditas, realizadas entre 1946 e 2017/18, em Paris e em Lisboa, cidades onde dividiu grande parte da vida, e que revelam os seus interesses e temas de eleição, segundo um comunicado da galeria.
“Década a década, da inicial afirmação neorrealista até ao fim do caminho, mudando sempre o passo sem quebra de energia, nesta mostra, identificamos como fio condutor a expressão do erotismo” nas palavras de Alexandre Pomar, filho do artista, citado no texto.
Na sua maioria inéditas, “estas obras foram as que o pintor conservou para si, numa antologia continuada sem hiatos cronológicos” e que inclui desenhos desde 1946, pinturas desde 1960, escultura e "assemblages" desde 1967.
“Oito décadas de trabalho, efetuado em Paris e Lisboa, com uma dedicação total à criação visual e à escrita, são um horizonte raramente encontrado. Pomar nunca se prendeu a fórmulas ou receitas, investigando continuamente as diferentes linguagens plásticas, numa renovação constante dos seus interesses e assuntos”, acrescentou, no mesmo texto, Mário Roque, proprietário da Galeria São Roque.
Pintor e escultor nascido em Lisboa, em 1926, Júlio Pomar foi um dos criadores de referência da arte moderna e contemporânea do país, com uma obra multifacetada que percorre mais de sete décadas.
O seu trabalho foi influenciado pela literatura, a resistência política, tradições da cultura portuguesa como o fado, o erotismo e algumas viagens, como a Amazónia, no Brasil, e marcado por várias estéticas, do neorrealismo ao expressionismo e abstracionismo.
Em 2004, foi condecorado pelo então Presidente da República Jorge Sampaio com a Ordem da Liberdade.
A exposição “A mão que vê e manda! Pomar, Oito décadas” é inaugurada no dia 27 de setembro, às 18:00, e vai estar patente até 17 de janeiro de 2024.
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