Esta edição terá a concurso 24 filmes na competição oficial, incluindo obras de realizadores como o italiano Nanni Moretti, o russo Kirill Serebrennikov, o francês Jacques Audiard e o norte-americano Sean Penn.
Destaque ainda para o francês Leos Carax (“Annette”, filme de abertura), o norte-americano Wes Anderson (“The French Dispatch”) e ainda o holandês Paul Verhoeven (“Benedetta”).
Na competição de curtas-metragens está “Noite turva”, primeira obra do realizador português Diogo Salgado, que em 2020 venceu o prémio de Melhor Filme da Competição Nacional do festival Curtas de Vila de Conde.
“Noite turva” é o resultado de um longo projeto cinematográfico de Diogo Salgado, iniciado há três anos, ao sabor das dificuldades de financiamento e da disponibilidade emocional para o concluir, como contou à agência Lusa.
Esta curta-metragem é o primeiro filme do realizador conimbricense de 26 anos, e foi iniciado depois de ter estudado na Escola Superior de Teatro e Cinema, onde se formou em direção de fotografia.
A curta-metragem é uma narrativa sobre dois rapazes que brincam numa floresta, desaparecendo um deles junto a uma lagoa, já de noite.
Ainda no capítulo das curtas-metragens, nos programas em Cannes dedicados a projetos cinematográficos ainda em curso, em desenvolvimento e pós-produção, serão mostrados a profissionais os filmes “Entre a luz e o nada”, de Joana de Sousa, com produção de Pedro Fernandes Duarte, e “O fim do verão”, de Marco Veloso, com produção da Escola Superior de Teatro e Cinema.
Na Quinzena de Realizadores, um dos programas paralelos do festival, estrear-se-á “Diários de Otsoga”, de Miguel Gomes e Maureen Fazendeiro.
O filme foi rodado em 2020 já em plena pandemia, com os atores Crista Alfaiate, Carloto Cotta e João Nunes Monteiro, e o argumento é assinado por Mariana Ricardo e também por Maureen Fazendeiro e Miguel Gomes, que coassinam pela primeira vez uma produção.
Quem também estará em Cannes é o realizador David Pinheiro Vicente, com o projeto da primeira longa-metragem, intitulado “Entre o passado e o futuro”, que foi desenvolvido no âmbito do programa Cinéfondation, e que contará com coprodução luso-francesa de O Som e a Fúria e La Belle Affaire.
O realizador italiano Marco Belloccio receberá a Palma de Ouro de honra e estreará o documentário “Marx può aspettare”.
Este ano, o júri é presidido pelo realizador norte-americano Spike Lee e integra o realizador brasileiro Kléber Mendonça Filho, a atriz norte-americana Maggie Gyllenhaal, a realizadora franco-senegalesa Mati Diop, o ator sul-coreano Song Kang-ho, o ator francês Tahar Rahim, a atriz francesa Mélanie Laurent, a cantora francesa Mylène Farmer e a realizadora australiana Jessica Hausner.
O festival decorre até 17 de julho, dia em que serão anunciados os vencedores das competições.
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