O fundador do Movimento Tropicalista, juntamente com Caetano Veloso, anunciou terça-feira, através de um comunicado, que “Tempo Rei”, a digressão que fará entre março e novembro do próximo ano em nove cidades brasileiras, será a última da sua carreira.
O cantor e compositor, que foi ministro da Cultura entre 2003 e 2008, no primeiro Governo de Luiz Inácio Lula da Silva e é conhecido mundialmente por canções como “Aquele Abraço”, “Cálice”, “Refazenda”, “Domingo no Parque” e “A Novidade”, fará dez concertos em estádios ou pavilhões desportivos, o que lhe permitirá atrair grandes audiências.
A digressão terá início a 15 de março no estádio Arena Fonte Nova, na sua cidade natal, Salvador, onde iniciou a carreira e liderou grupos como os Doces Bárbaros. Prosseguirá no Rio de Janeiro, onde está radicado desde os anos 60 e que serviu de catapulta para os seus primeiros êxitos.
Também está prevista uma atuação no estádio Allianz Parque, em São Paulo, bem como nas cidades de Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Belém, Fortaleza e Recife, onde a digressão terminará a 22 de novembro.
Gil explicou no comunicado que decidiu dar os primeiros passos para se retirar dos palcos depois de refletir sobre o mercado musical atual e as exigências físicas das digressões.
“Quero continuar a fazer música, mas a um ritmo diferente. E antes disso, vamos ter aquela celebração bonita com o público e a família”, garantiu.
O cantor e compositor adiantou que, sendo esta a sua última digressão, o repertório fará um balanço da sua carreira e incluirá os maiores êxitos das diferentes fases do seu percurso musical.
De acordo com um comunicado dos seus produtores, chegou o momento de celebrar com música, arte e história décadas de uma carreira que transcende fronteiras e gerações.
A música Gilberto Gil é uma mistura de ritmos tradicionais brasileiros, como o samba e a bossa nova, com o rock, e as suas melodias apresentam frequentemente refrãos e vozes que se assemelham a sons da natureza.
O cantor, que também toca vários instrumentos, é produtor musical e já vendeu cerca de quatro milhões de cópias dos seus quase 60 álbuns. Recebeu nove prémios Grammy e, em 1999, foi nomeado “Artista pela Paz” pela UNESCO.
Gil concluiu no ano passado uma digressão em que partilhou o palco com vários membros da sua família, incluindo filhos e netos com a sua herança musical, e que passou por vários países europeus antes de chegar ao Brasil.
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