Chegou pela primeira vez à Disney+ no verão de 2021 e, na altura, Homicídios ao Domicílio, o nome em portugês, foi uma série recebida pelo público com algum ceticismo. O elenco principal, composto pelas caras conhecidas de Selena Gomez, Steve Martin e Martin Short, parecia não convencer, mas a mistura acabou por se revelar num bom resultado.
O trio interpreta as personagens de Mabel, Charles e Oliver, respetivamente, três nova-iorquinos cujo background não podia ser mais diferente, mas que têm várias coisas em comum. Para começar, são os três residentes do Arconia, um dos edifícios mais prestigiados da cidade. Para além disso, são também grandes amantes de um podcast de true crime, aquilo que faz com que se cruzem e comecem a sua ligação. Ainda que as suas interações até à data se limitassem a um “Olá!” no elevador, tudo muda quando um homicídio lhes bate à porta e o grupo decide unir esforços para o desvendar, criando também eles o seu próprio podcast.
A série, criada por Steve Martin e John Hoffman, acabou por se revelar numa boa surpresa capaz de entreter todas as gerações por vários motivos. Não só tem um registo que mistura comédia e mistério, como também conta com muitas participações que trazem algum hype para cima da mesa. Nomes como Sting, Amy Schumer, Tina Fey, Cara Delevingne e, nesta temporada, Paul Rudd e Meryl Streep, aparecem ao longo dos episódios, alguns a interpretar personagens relevantes para a história, outros a fazer deles próprios.
Mas não fomos só nós que gostámos muito de Homicídios Ao Domicílio. Ao longo das primeiras duas temporadas, a série recebeu várias nomeações e prémios relevantes para a indústria, e conseguiu arrecadar 100% e 98% de pontuação dos críticos na plataforma Rotten Tomatoes.
E onde é que tínhamos ficado na última temporada? *Spoiler Alert!*
Depois de resolvido o homicídio de Tim Kono na primeira temporada, e o homicídio da vizinha Bunny na segunda, tudo indicava que Mabel, Charles e Oliver estavam prontos para seguir as suas vidas com alguma tranquilidade. A Mabel começa finalmente a renovação do seu apartamento com a ajuda da namorada Alice, o Charles voltou finalmente a dedicar-se à carreira de ator, e uma onda de inspiração dá a Oliver a oportunidade de finalmente poder começar a trabalhar na sua peça de teatro musical.
Tudo está bem quando acaba bem… Exceto quando não acaba. Nos últimos minutos da segunda temporada, damos um salto no tempo, até à data de estreia da peça de Oliver, onde, logo no início, o ator principal cai no chão. E é aí que percebemos que tão cedo este trio não vai ter descanso.
- A maldição da terceira temporada: Quando há uma série boa, como é o caso de Only Murders In The Building, é normal que pensemos no quão bom era termos muitas mais temporadas. Mas será que esta série sobrevive à maldição da terceira temporada? Depois de 30 episódios cuja fórmula acabou por ser um pouco repetitiva, será que vamos continuar a pedir por mais? Queremos mesmo acabar a temporada com mais um homicídio para este trio resolver? O desfecho da série ainda não é conhecido, não há quarta temporada confirmada, nem pistas que nos indiquem que o último episódio da terceira (que estreia no início de outubro), terá um cliffhanger que sugira tal coisa. Resta-nos fazer algumas apostas neste episódio do podcast e prometer que, quando a temporada terminar, voltaremos a falar de Homicídios Ao Domicílio.
As vossas sugestões: Tal como prometido, falámos de algumas recomendações de quem nos acompanha. Neste episódio, foi a vez de Silo, Still, Severance (Apple TV+), Making A Murderer (Netflix), Abbott Elementary (Disney+) e Good Omens (Prime Video).
Nos créditos finais, falamos do documentário Veneno (Netflix), do filme Felicidade Para Principiantes (Netflix) e Depp VS Heard (Netflix).
Podes ouvir este episódio no Spotify, na Apple Podcasts e nas plataformas habituais.
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