A inglesa Ana Vasques explica ao SAPO24 que o ponto de partida da Nimi é tão simples quanto querer juntar pessoas através da arte, "o nosso objetivo é trazer a arte e a cultura para o dia-a-dia das pessoas. Percebemos que as pessoas não vão o suficiente a museus e galerias e, através da nossa pesquisa, descobrimos que uma das principais razões para isso é  não terem amigos para as acompanhar. Então, o nosso objetivo é conectar as pessoas para que elas possam experimentar a arte juntas na vida real."

Ana Vasques lembra que há muita gente que vive sozinha, hoje em dia, num mundo onde tudo é digital e, inclusive, se trabalha a partir de casa. Mas que isso não quer dizer que não sintam falta da componente social. "Então, vimos na arte é um ótimo elemento para conectar as pessoas na vida real." 

E embora use amiúde como exemplo os museus, esclarece que a Nimi serve também para teatros, música, galerias, performances, no fundo, "tudo o que esteja relacionado com cultura, que nos ajude a conectar com o nosso próprio interior".

No site, que já conta com 400 utilizadores em Londres, basta uma publicação a dizer onde se quer ir para depressa se ter companhia. "É já uma comunidade de pessoas que vem muitas vezes. Estamos a construir quase uma igreja de arte e cultura, de pessoas que gostam de si mesmas, que têm isso em comum. É muito engraçado que as pessoas que vêm muitas vezes não sabem qual a profissão de quem as acompanha. Elas só aparecem e conectam-se através da arte".

Ana Vasques afasta qualquer comparação com alguma comunidade que já exista: "É realmente diferente. Diferente de um evento de networking ou um evento de bebidas. Porque as pessoas conectam-se a um nível mais profundo".
Aos 400 utilizadores "em crescimento" em Londres, devem juntar-se mais dos EUA e da Europa. "Todos os grandes centros culturais são interessantes para nós. A nossa ideia é, agora, focar em Londres, que é onde nós estamos baseados fisicamente e começar a expansão."
Embora a Nima seja recente, Ana Vasques não é uma estreante na Websummit. Veio há dois anos como investidora e agora espera que invistam nela.