Lançado em mais de 20 idiomas e com uma tiragem inicial de cinco milhões de álbuns será também o primeiro do novo argumentista, o francês Fabrice Caro, também conhecido como Fabcaro, que revelou também a génese deste novo livro.
"Eu queria um álbum muito centrado na aldeia e nas suas imediações. Gosto particularmente dos álbuns de Astérix em que um elemento externo se introduz na aldeia e vem perturbar o seu equilíbrio, e adoro observar a reação dos habitantes, com a sua lendária capacidade de dissimulação. E, depois, era a oportunidade de abordar implicitamente um fenómeno social contemporâneo", salientou o argumentista.
Quanto ao título da nova obra, Fabcaro diz que Íris Branco é o "nome de uma nova escola de pensamento positivo"
"Vinda de Roma, começa a propagar-se pelas grandes cidades, de Roma a Lutécia. César decide que este novo método pode ter efeitos benéficos sobre os campos romanos em redor da famosa aldeia gaulesa. Mas os preceitos desta escola influenciam igualmente os habitantes da aldeia que com eles se cruzam... Aliás, a prancha-anúncio divulgada em dezembro já levantou um pouco o véu sobre o resultado dessa influência", referiu o escritor, não levantando muito o véu sobre o conteúdo do álbum, embora tenha revelado que Matasétix, o famoso chefe gaulês, poderá ter um papel relevante neste.
"Sim, é verdade. É preciso reconhecer que já o vimos em melhor forma. Este método positivo tem impacto sobre os nossos amigos gauleses e nem todos ficam satisfeitos. É o que acontece ao nosso chefe, que vai atravessar uma crise", assinalou.
Qual é a história do íris?
O íris é uma flor que apareceu no período Cretácico, isto é, há 80 milhões de anos. É uma pequena flor, a que a história conferiu grande valor. É antes de mais um dos símbolos egípcios, associado sobretudo a Hórus, o deus da alvorada e do crepúsculo. Mas Íris é também uma divindade grega, benevolente mensageira dos deuses e favorita de Hera, pois é muitas vezes portadora de boas notícias. Íris, em grego antigo, significa o arco-íris, por onde a deusa se desloca quando vem à Terra. A flor é o reflexo do seu nome, encarnado assim a amplitude da paleta de cores.
O que têm a ver os nossos amigos gauleses com tudo isso?
Terão ficado inebriados com as fragrâncias emanadas dos campos de íris na primavera? Ter-se-ão banhado com as suas pétalas para se purificarem e afastarem os maus espíritos (prática habitual no Japão)? Terão mastigado os seus rizomas ou venerado o íris como os Gregos e os Romanos? É bem possível. O Mundo Romano, tal como a Gália, são territórios que o íris já ocupava muito antes dos seus habitantes... Portadora de boas notícias e de bondade, esta pequena flor iluminava vales e planícies com a sua sabedoria antes de adornar os templos ou ser usada em poções.
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