A pintura vai ser movida “uma centena de passos”, da Sala dos Estados, onde está exposta, para a Galeria Médicis, onde pode passar a ser vista, um dia depois, 17 de julho, e durante alguns meses, explica o museu, citado pela agência France Presse.
A direção do Museu do Louvre “procura manter o fluxo de visitantes, que foram mais de 10 milhões, em 2018, e cumprir as normas de segurança, sem precisar de encerrar o museu ao público”, explica a AFP.
O presidente e diretor do Louvre, Jean-Luc Martinez, disse à agência AFP que esta transferência é “o começo de uma enorme renovação ao interior e ao exterior” do museu.
A "Salle des États" (Sala dos Estados, em tradução livre), composta por obras de artistas italianos, é a mais visitada do museu, sendo a “Mona Lisa” a principal atração de “uma 'vila inteira' de turistas em cada dia”, explicou Jean-Luc Martinez, comparando o número diário de visitantes, com o de habitantes de uma localidade.
As obras expostas nesta sala, que sofreu alterações no início dos anos 2000, foram já retiradas, com exceção da “Mona Lisa” e de “O Casamento de Canã”, do pintor italiano Paolo Veronese, já encaixotado.
A “Mona Lisa” deverá regressar a Sala dos Estados em meados de outubro, após a finalização dos trabalhos de renovação.
Na próxima exposição, dedicada a Leonardo Da Vinci (de quem este ano se assinalam os 500 anos da morte), a inaugurar no dia 24 de novembro na sala Napoleão, a direção do museu decidiu não incluir o quadro “Mona Lisa”, devido ao espaço e ao número limitado de visitantes, a que a mostra vai estar sujeita.
O presidente-diretor do Louvre disse à AFP que não podia a instituição "privar os 15 mil visitantes por dia de ver o quadro”.
Exposta através de um vidro blindado, desde 2005, a “Mona Lisa” é, com a pintura “Vénus de Milo” e a escultura “Vitória de Samotrácia”, “uma das incontornáveis obras do maior museu do mundo”, lê-se na informação.
“Mona Lisa”, também conhecida por “A Gioconda”, é uma pintura a óleo sobre madeira de álamo, datada de 1503, da autoria de um dos artistas da época do Renascimento italiano, Leonardo Da Vinci.
O Museu do Louvre foi, em 2018, o que mais visitantes somou em 2018, ao somar mais de 10,8 milhões de entradas.
No dia 27 de maio, em resposta ao crescente fluxo de turistas e perante uma sobrelotação de visitantes, os trabalhadores decidiram fechar as portas, por não estarem reunidas condições de segurança.
Nos dias seguintes, o museu abriu ao público, mas com a entrada limitada a visitantes que tivessem comprado previamente o bilhete ‘online’.
Desde então, o 'site' oficial do Louvre tem aconselhado os visitantes a adquirir os bilhetes 'online' para garantirem a entrada no museu, na data pretendida.
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