Lançado pela Bertrand, o livro “Questões escaldantes” reúne ensaios e textos ocasionais “irreverentes e absolutamente perspicazes” escritos entre 2004 e 2021, para os quais a autora convoca o seu sentido de humor e espírito crítico, destaca a editora.
Ao longo de 50 peças literárias, a autora de “A história de uma serva” lança questões, às quais procura dar respostas e convida à reflexão, como “Porque é que todas as pessoas contam histórias, em todos os pontos do planeta, em todas as culturas?”; “Quanto de nós podemos dar aos outros, ou de quanto podemos prescindir, sem que fiquemos vazios?”; “Será possível viver no planeta Terra? Como?”; “É ‘verdade’, seja o que for? E é justo?”: “O que têm os ‘zombies’ que ver com autoritarismo?”.
Margaret Atwood fala sobre literatura, como não podia deixar de ser, mas também sobre o fim da História, as questões feministas, os direitos humanos, a crise financeira, a ascensão de Trump ao poder e a herança do ‘trumpismo’, a própria pandemia, a dívida pública, os grandes gigantes tecnológicos, a crise climática, o conceito de liberdade, as velhas e as novas gerações, aquilo que escreve e aquilo que os outros escrevem, revela a editora.
Nascida em Otava, em 1939, Margaret Atwood é uma das mais conhecidas escritoras canadianas, autora de obras como “Os Testamentos” e “Órix e Crex”, além da já referida “A história de uma serva”, transformada entretanto em série de televisão multipremiada.
Ao todo, publicou mais de quarenta livros de ficção, poesia e ensaio, e recebeu diversos prémios literários ao longo da sua carreira, incluindo o Arthur C. Clarke, o Booker Prize (em duas ocasiões, por “O Assassino Cego”, em 2000, e por “Os Testamentos”, em 2019), o Prémio Príncipe das Astúrias para a Literatura, o Pen Center USA Lifetime Achievement Award e o Prémio da Paz dos Editores e Livreiros Alemães.
Margaret Atwood tem-se assumido como uma das mais ativas vozes do feminismo moderno, na ficção e na não ficção.
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