A obra, que representava um rato com uma máscara, tinha aparecido no dia 25 de junho de 2018 na parte detrás de um painel de rua, junto ao museu.
Apesar de o artista raramente confirmar se os murais são da sua autoria, esta obra foi publicada na conta oficial de Instagram do artista pouco depois de ter sido vista, no ano passado.
"Lamentamos informar que a peça de arte do Banksy junto ao nosso edifício na rua Beaubourg foi roubada durante a noite", anunciou o Centro Pompidou no Twitter esta terça-feira.
"Embora esta peça não fizesse parte da nossa coleção, tínhamos orgulho no facto de o artista ter escolhido a lateral de um edifício nosso para a criar, como homenagem aos acontecimentos de Maio de 68", acrescenta a nota.
O centro cultural já apresentou uma denúncia por roubo e degradação de um espaço que está nas suas imediações, acreditando que "as imagens de televigilância talvez ajudem a identificar os autores e as condições exatas do furto", de acordo com um comunicado citado pela agência France-Presse (AFP).
“Supomos que o painel metálico foi cortado com uma serra”, indicou à AFP o gabinete de imprensa do Centro Pompidou.
Ainda em janeiro deste ano, foi roubada uma obra atribuída a Banksy na porta das traseiras do Bataclan, "Homenagem às vítimas do 13/11". O mural tinha sido criado em memória às 90 vítimas do atentado terrorista que ocorreu em 2015.
A identidade de Banksy permanece um mistério, mas os seus trabalhos têm alcançado valores elevados em leilões.
Em outubro de 2018, uma obra de Banksy destruiu-se depois de ser vendida por 1,04 milhões de libras (1,18 milhões de euros) na leiloeira londrina Sotheby’s.
O próprio autor divulgou uma fotografia na rede social Instagram no momento em que o quadro “Girl with balloon” (“Rapariga com balão”, na tradução livre) se desfazia em tiras ao passar por uma trituradora de papel instalada na parte inferior do quadro.
As obras de arte de Bansky refletem temas como a guerra, a pobreza infantil e o meio ambiente.
Os seus trabalhos são satíricos – ratos, polícias a beijarem-se, polícias de choque com caras de ‘smileys’ amarelos – e apareceram inicialmente em paredes de Bristol, antes de se espalharem por Londres e depois pelo resto do mundo.
Na Cordoaria Nacional, em Lisboa, está em exposição, até 27 de outubro, a mostra “Banksy: Genius or Vandal”, que "propõe uma viagem sem precedentes através de mais de 70 obras originais cedidas por vários colecionadores privados internacionais", explicou a Everything is New, promotora da iniciativa.
A exposição, tal como todas as que foram dedicadas anteriormente a Banksy, não é autorizada pelo artista.
(Notícia atualizada às 18h33)
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