"Fernando Lemos: Para um retrato coletivo em Portugal, no fim dos anos 40" é o título da exposição do artista português radicado desde 1953 no Brasil, onde passou a residir devido à oposição ao regime de Salazar, obtendo a nacionalidade poucos anos depois.
O poeta Alberto de Lacerda, o pintor António Dacosta, o ator Jacinto Ramos, o escritor Jorge de Sena, o historiador José-Augusto França, o escritor José Cardoso Pires, o pintor Marcelino Vespeira, o poeta e artista Mário Cesariny, a pintora Maria Helena Vieira da Silva e o marido, Arpad-Szénes, são alguns dos retratados no trabalho de Fernando Lemos.
Muitos deles acabaram por emigrar ou ser expatriados, como foi o caso de Maria Helena Vieira da Silva, a quem Oliveira Salazar não concedeu a nacionalidade, e a artista haveria de pedir a nacionalidade francesa.
Pintor, artista gráfico e fotógrafo, Fernando Lemos, hoje com 90 anos, embora radicado no Brasil há décadas, continuou a mostrar o seu trabalho em Portugal.
Nesta exposição, que é inaugurada na quarta-feira, no Museu Coleção Berardo, são apresentados retratos captados entre 1949 e 1952.
Sobre a outra exposição, que também é inaugurada hoje, no Museu Berardo, com obras de nove artistas portugueses, entre os quais Rui Chafes, Ângela Ferreira e Helena Almeida, intitula-se "Visualidade & Visão – Arte Portuguesa na Coleção Berardo II" e vai contar ainda com obras de Joaquim Bravo, José Barrias, José Luís Neto, Miguel Palma, Pedro Barateiro e Pedro Cabrita Reis.
As obras, em pintura, escultura, vídeo-instalação e fotografia, dos nove artistas portugueses, vão ocupar três salas do museu.
"Fernando Lemos: Para um retrato coletivo em Portugal, no fim dos anos 40" e "Visualidade & Visão – Arte Portuguesa na Coleção Berardo II" ficam patentes até 31 de dezembro deste ano.
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