A 5.ª edição do Operafest arranca nos Jardins do Marquês de Pombal, em Oeiras, com as óperas “Cavalleria rusticana”, de Mascagni, e “Palhaços”, de Leoncavallo, que estarão em cena nos dias 22, 24 e 26 de agosto, de acordo com a programação.
É ainda nesses jardins, que serão pela primeira vez palco de ópera em Oeiras, que se apresentará, em estreia nacional e até ao final do mês, o conto-ópera “O Polegarzinho”, da compositora francesa Isabelle Aboulker, a partir do conto de Charles Perrault, na versão portuguesa de Luís Rodrigues, com encenação de Sandra Faleiro.
O festival de ópera independente, liderado pela soprano Catarina Molder, desloca depois o seu epicentro para Lisboa, onde decorrerão os restantes espetáculos até ao seu encerramento, no dia 11 de setembro.
Um dos grandes destaques da programação deste ano é a “homenagem especial” de celebração dos 500 anos do nascimento de Luís Vaz de Camões, que consiste na estreia absoluta da cantata/performance “Tormento”, para ensemble vocal feminino e eletrónica, “a partir do extraordinário Canto V” de “Os Lusíadas”.
Este espetáculo musical construído pelo intérprete Gustavo Sumpta, com música de Nuno da Rocha, pode ser visto na Trienal de Arquitetura de Lisboa, no Palácio Sinel de Cordes, em Santa Clara, nas noites de 5 e 6 de setembro.
Ainda a propósito das celebrações de Camões, a organização do Operafest anunciou já que encomendou um poema sinfónico/coral “Lusíadas”, a partir da epopeia homónima, também ao compositor Nuno da Rocha, em parceria com a Orquestra Metropolitana, a estrear em dezembro de 2025.
O principal palco lisboeta será o anfiteatro ao ar livre da Fundação Calouste Gulbenkian, onde terá lugar a apresentação de “Don Giovanni”, de Mozart, sobre o sedutor compulsivo e vítima do seu próprio esquema Don Giovanni, que tem milhares de amantes pelo mundo fora, até que um incidente inesperado precipita o seu fim.
Com encenação de João Pedro Mamede, que assim se estreia em ópera, numa nova leitura deste mito, sob a direção musical do maestro Pedro Carneiro, um elenco nacional liderado por Christian Lújan e composto por Luís Rodrigues, Patrícia Modesto, Rafaela Albuquerque e Cecília Rodrigues, entre outros, apresentam-se nos dias 30 e 31 de agosto e 2 e 4 de setembro, acompanhados pela Orquestra de Câmara Portuguesa.
O concurso de ópera contemporânea, “Maratona Ópera XXI”, regressa nesta 5.ª edição, expandindo-se para uma plataforma - Plataforma Novas Dinâmicas para a Ópera de Hoje – e apostando na formação, investigação e criação.
Este ano, incidirá na construção de libretos, com uma oficina orientada pelo escritor e dramaturgo Miguel Castro Caldas, e num concurso de libretos, com duas modalidades: breves libretos destinados a óperas de pequeno formato e libretos para óperas de maior fôlego.
A já emblemática ‘rave’ operática marca presença no Titanic sur mer, no dia 7 de setembro, este ano sob o mote “Atração fatal”, com uma festa de fusão de ópera, com eletrónica, pop, afrobeat e ‘dance music’, e com atuações dos Ena Pá 2000, a deusa urbana e DJ Nídia.
O ciclo cine-ópera, que decorre em parceria com a Cinemateca Portuguesa, apresentará “Non”, ou vã glória de mandar” (1990) e “O Velho do Restelo” (2014), de Manoel de Oliveira, e “O rapaz do cabelo verde”, de Joseph Losey, para os mais novos, todos no dia 07 de setembro.
Serão ainda apresentadas as versões cinematográficas dos grandes clássicos desta edição: a nova leitura de “Don Giovanni” de Mozart, com “Juan” (2010), de Kasper Holten, e os filmes “Pagliacci” (1982) e “Cavalleria rusticana” (1982), de Franco Zefirelli, nos dias 9, 10 e 11 de setembro, respetivamente.
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