A adaptação da ópera “A Filha do Regimento” vai ser estreada no festival, com sessões nos dias 13 e 15, a partir do original de Gaetano Donizetti com libreto de Jules-Henri Vernoy de Saint-Georges e Jean-François Alfred Bayard.
“Vamos apresentar o seu original ainda que com libreto adaptado e legendagem em português já que é apresentada em francês”, explicou o encenador Jorge Balsa, na conferência de imprensa de apresentação do evento.
O responsável adiantou que a ópera está a ser trabalhada há vários meses pelos artistas, que se preparam para quatro semanas intensas de ensaios, até à apresentação.
A ópera é interpretada pela Orquestra Filarmónica Portuguesa, sob a direção de Osvaldo Ferreira, com o coro do Festival de Ópera de Óbidos, sob a direção de Filipa Palhares, e conta com um elenco de oito cantores, com a soprano Beatriz Maia no papel da protagonista Marie.
“Para mim vai ser um desafio enorme, porque vou ao extremo da comédia e do dramatismo”, afirmou Beatriz Maia.
“O Último Canto - Camões e o Destino”, uma ópera e libreto de César Viana adaptada do poema dramático “Camões”, do russo Vassili Jukovski (1787-1859), por Larysa Shotropa e João Lourenço, e de poemas de Camões, vai ser apresentada a 7 de setembro.
Encomendado por ocasião dos 500 anos do nascimento de Camões, o espetáculo vai ser apresentado pela segunda vez ao público, com a participação do Coro Záve e do grupo Musicamerata Ensemble, com o barítono Luís Rodrigues (Camões) entre um elenco de quatro cantores.
A 6 e 8 de setembro, é apresentada “Maria de Buenos Aires”, uma ópera de câmara em duas partes, de Astor Piazzolla, com libreto de Horácio Ferrer.
O festival integra também, a 14 de setembro, uma gala de ópera, com a participação da soprano Susana Gaspar e do tenor Luís Gomes, bem como da Orquestra Filarmónica Portuguesa.
“É uma celebração do que é a ópera, sendo apresentados excertos de diversas óperas, como de ‘La Bohème’, ‘Manon Lescaut’, ‘Tosca’ e ‘Madama Butterfly’”, explicou o coordenador executivo do festival, José Rafael Rodrigues.
Com um orçamento a rondar os 340 mil euros, o festival espera cerca de 2.500 espectadores, o número de 2023, ano em que foi reeditado depois de uma paragem de 12 anos e em que os bilhetes esgotaram.
O festival “é fundamental para o enriquecimento cultural da população e para o desenvolvimento do território” e “atrai público mais diferenciado, sempre com o objetivo de promover a cultura”, afirmou o presidente da câmara, Filipe Daniel.
“O festival é um contributo de peso no panorama nacional e internacional”, disse Jorge Balsa, corroborado por Rui Morais, da Associação da Banda de Alcobaça, para quem é indispensável a existência de circuito nacional e internacional de óperas para rentabilizar o investimento feito nestas produções.
Os bilhetes estão à venda a partir de hoje, variando entre os 12 e os 35 euros, consoante os espetáculos, que se realizam em locais diferentes.
O Festival de Ópera de Óbidos, com apoio da Direção-Geral das Artes, é organizado pelo município, pela empresa municipal Óbidos Criativa e pela Associação da Banda de Alcobaça.
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