O Parlamento Europeu rejeitou esta sexta-feira a tentativa de proibir as empresas de rotularem produtos de origem vegetal com nomes utilizados em produtos de origem animal. Assim, o uso de termos como "hambúrguer vegetariano" ou "salsicha vegan" foi autorizado.
Joanna Swabe, da Humane Society International, manifestou a satisfação dos ativistas perante a decisão dos eurodeputados em relação à nomenclatura de produtos de proteína vegetal.
No entanto, a alteração que proíbe a utilização de termos como "queijo" ou "iogurte" para produtos alimentares que não possuam leite foi apoiada pelos eurodeputados. Decisão que, por sua vez, provocou alguma deceção entre os ativistas, embora a medida ainda possa ser retirada do projeto de lei.
“É uma pena que o lobby da agricultura industrial não se contente em acumular milhares de milhões [de euros] em subsídios para a agricultura industrial destrutiva”, afirmou Marco Contiero, diretor de política agrícola do Greenpeace Europa.
“Estão a ofuscar o debate sobre a reforma agrícola com uma votação inútil sobre os nomes dos alimentos”, lamentou.
O grupo que reúne sindicatos agrícolas europeus, o Copa Cogeca, a favor das duas proibições justificou as proibições argumentando que os consumidores ficariam confusos.
“Os consumidores não se confundem, de forma alguma, com bife de soja ou salsicha à base de grão de bico, desde que o produto seja claramente rotulado como vegetariano ou vegano”, argumentou Camille Perrin, do BEUC – Organização Europeia de Consumidores.
O mercado de produtos de proteína de origem vegetal tem crescido devido à perceção do consumidor de que são mais saudáveis e por deixar uma pegada ambiental menor do que a pecuária.
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