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É algo que terá tendência a acontecer cada vez mais à medida que as plataformas de streaming vão jogando à apanhada umas com as outras. A Netflix já nos habituou a novos conteúdos todas as semanas, mas é algo raro em plataformas como a HBO e a Disney+, que apostam mais na qualidade do que na quantidade e que continuam a apostar no modelo de um episódio por semana quando lançam algo novo.
Apesar de a Disney+ ter anunciado recentemente que ultrapassou os 100 milhões de subscritores no mundo inteiro sem ter lançado muitos conteúdos originais novos, a verdade é que inevitavelmente terá de começar a fazê-lo para manter utilizadores na plataforma. E a HBO Portugal irá pelo mesmo caminho.
Este fim de semana, as três plataformas irão disputar a nossa atenção com conteúdos que lançaram praticamente no mesmo dia. Fica a conhecer melhor cada um deles.
O Capitão América desapareceu, e agora?
O fim de “Avengers: Endgame” deixou um sabor agridoce em todos nós. Por um lado, foi o final perfeito para um ciclo de super-heróis, com tudo o que os fãs do género poderiam pedir. Por outro, também significou que tivemos de dizer adeus a uma das personagens mais queridas do universo da Marvel: Steve Rogers, mais conhecido como Capitão América.
A pandemia e o crescimento do streaming fez com que a Disney (dona da Marvel) decidisse continuar a explorar este seu mundo num ecrã mais pequenino, através de personagens que nos filmes da saga não tiveram tanto tempo de antena. No início de 2021, a Disney+ lançou “WandaVision” que, apesar de ocorrer depois dos acontecimentos de “Endgame”, é uma narrativamente mais alternativa que não revela propriamente o que aconteceu ao mundo, depois do seu quase-fim. “Falcon and The Winter Soldier”, pelo contrário, entra de rompante nas semanas que se seguiram ao desaparecimento de Capitão América, acompanhando as duas personagens que vão protagonizar esta série da Disney+.
Sam Wilson (aka Falcon) continua a sentir o peso da responsabilidade de ter de se tornar o novo Capitão América, depois de este lhe ter deixado o seu escudo. Enquanto continua a realizar missões para a Força Aérea norte-americana (com o seu fato que lhe dá asas), tem agora outra missão mais importante: ajudar a irmã e impedir que o negócio de pesca de família vá à falência. E, infelizmente, ser uma figura conhecida serve de pouco quando chega a altura de pedir um crédito ao banco para fazer os problemas desaparecer. Isto está mau para todos.
Bucky Barnes (aka Winter Soldier) está a ter um percurso bastante diferente. Os seus 106 anos de vida, a maior parte passados a ser controlado por uma organização malévola com um travo de nazi chamada Hydra, fazem com que a adaptação à vida de civil esteja a ser particularmente difícil. O seu melhor amigo Capitão América desapareceu e agora tem de aprender a ser “uma pessoa normal”, enquanto vai a sessões de terapia onde tenta fazer as pazes com todos os males que causou durante anos e anos (e que lhe aparecem em pesadelos). Uma lista de pedidos de desculpas é um bom começo como qualquer outro.
O primeiro de seis episódios não revela como é que as duas personagens se vão juntar para combater o mundo, mas constrói o cenário de fundo que as liga — a forma como estão a lidar com o amigo que perderam. Tudo indica que “Falcon and The Winter Soldier” vai ter um tom mais político e mais focado nos EUA do que “WandaVision”, mas, tal como a série que a precedeu, vai-nos dar a oportunidade de conhecer melhor duas personagens e de perceber.
Atenção nas curvas
“Formula 1: Drive to Survive”, série documental da Netflix, é considerada por muitos como um dos motores que levou a que as pessoas tivessem um interesse crescente pela Fórmula 1 nos últimos três anos. Um acesso inédito aos bastidores do desporto motorizado mais popular em todo o mundo e um acompanhamento de perto das quezílias e dos problemas que pilotos e equipas enfrentam de corrida a corrida tornaram cada temporada num conteúdo demasiado apetecível quer para quem é o maior fã de corridas, quer para as pessoas que gostam de uma boa dose de rivalidade e polémica.
A terceira temporada ganha um interesse renovado por ser aquela que demonstra como é que a modalidade se adaptou ao coronavírus. O atraso no começo da temporada e as medidas que tiveram de ser tomadas para garantir a segurança de pilotos e respetivas equipas. No final, o vencedor do título foi o habitual, mas a beleza de “Drive to Survive” não é quem ganha, mas sim tudo aquilo que acontece até ao momento em que as luzes se apagam e os pilotos têm de colocar o pé no acelerador.
Não deixa de ser giro imaginar o modo como a perceção da série mudou. Na primeira temporada, apenas as equipas mais fracas participaram porque as melhores não se sentiam muito confortáveis em deixar a Netflix entrar-lhes “casa adentro”. Na segunda, depois do sucesso da primeira, já vimos equipas como a Red Bull, a Mercedes e a Ferrari aparecer esporadicamente. Na terceira, a presença na série já é quase obrigatória para exposição das diferentes marcas de carros e, claro, dos patrocinadores que garantem os orçamentos das equipas.
O Super-Homem desapareceu, e agora?
Novamente no mundo dos super-heróis, falamos de um dos filmes mais aguardados dos últimos meses. Não por ser uma novidade, mas sim por ter merecido uma nova edição que iria resolver todos os problemas da primeira. “Justice League”, filme que juntava Batman, Wonder Woman, Flash e mais heróis (e vilões) da DC, estreou originalmente em 2017, rodeado de muita polémica e conflito. Primeiro, Zack Snyder, que já tinha dirigido “Batman vs Superman”, desentendeu-se com os executivos do filme (que queriam uma história mais curta e concisa) e, depois de tragicamente perder a filha, afastou-se do projeto. Foi substituído por Joss Whedon, que já tinha realizado alguns filmes do universo da Marvel e que trouxe um tom mais irónico ao enredo, diferente do tom mais negro característico de Snyder.
Algumas cenas foram refilmadas, o guião foi reescrito e o resultado final foi… mau. Tanto que, poucos meses depois, começou um movimento online a exigir que Snyder voltasse a pegar no projeto e concluísse a sua visão num #SnyderCut. Demorou algum tempo, mas em 2020 a HBO e a Warner confirmaram que iam lançar a tão desejada versão diretamente no streaming. Esse momento chegou esta quinta-feira e posso dizer que o resultado é… bem melhor.
A história principal não mudou muito. Depois da morte de Super-Homem, um alien chamado Steppenwolf, acompanhado de um exército de demónios, decide invadir o planeta Terra com a intenção de o destruir através de três pedaços de tecnologia chamados “Mother Boxes”, escondidos há milénios. Para o impedir, Batman tenta reunir uma equipa de super-heróis que só trabalhando em conjunto serão capazes de salvar o mundo. É assim que se junta a Wonder Woman, Flash, Aquaman e Cyborg, na esperança de que sejam o suficiente para vencer a ameaça que vão enfrentar (spoiler alert: não são).
O que muda na realidade é aquilo que ficamos a conhecer de cada personagem. Com quatro horas de filme (a versão anterior tinha pouco mais de duas), divididas em seis partes, estranho era se isso não acontecesse, tanto que até Ben Affleck passa a ser um bom Batman. Para “Justice League: The Snyder Cut”, Snyder foi buscar algumas das suas filmagens originais, refilmou algumas cenas e transformou um filme confuso em algo com uma história mais bem contada, embora tenha abusado do número de cenas em slow-motion. Mas ninguém é perfeito.
A maior vitória desta versão acaba por ser a devolução de alguma esperança no universo da DC, que estava num estado caótico. Os últimos vinte minutos criam mais entusiasmo sobre o potencial deste mundo de super-heróis do que todos os anteriores em conjunto (e mais não digo). Resta saber quanto desse potencial vai ser cumprido.
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