Numa categoria com fortes concorrentes, o Óscar foi entregue, como se esperava, a “The Boy, the Mole, the Fox and the Horse", distribuído pela Apple TV+, com produção executiva de J.J. Abrams.
Nos bastidores da cerimónia, o escritor-realizador Charlie Mackesy elogiou os outros nomeados em resposta a uma pergunta da Lusa.
“Os outros filmes são extraordinários e adorei vê-los. E conheci todos [os cineastas]”, afirmou Mackesy. “Uma das coisas brilhantes de estar nos Óscares é conhecer outros cineastas e ouvi-los falar dos seus filmes, a animação e os atores são extraordinários”.
A curta foi baseada na história escrita por Mackesy e teve uma equipa de mais de uma centena de animadores, uma estrutura poderosa em comparação com os dois animadores que criaram “Ice Merchants”.
O realizador considerou, após a vitória, que a magia da animação é ser um meio que permite fazer tudo o que quisermos.
“É uma espécie de paisagem maciça de possibilidades”, caracterizou, referindo que este foi o seu primeiro filme.
O português João Gonzalez já tinha referido à Lusa, na antecâmara dos Óscares, que esta era a curta-metragem favorita à vitória, juntamente com “My Year of Dicks”.
Gonzalez referiu nessa altura que a nomeação de “Ice Merchants” já era uma vitória e o produtor Bruno Caetano salientou a quantidade de pessoas que viram e elogiaram a curta, incluindo a lenda da animação da Disney, Glen Keane, que moderou um painel com os portugueses na Semana dos Óscares.
“Ice Merchants” foi o primeiro filme português a ser nomeado para os Óscares e recebeu apoio do Ministério da Cultura para a campanha de promoção em Los Angeles nas semanas que antecederam a cerimónia da Academia. Foi produzido pela cooperativa portuguesa Cola Animation, em coprodução com França e Reino Unido, e teve um orçamento de cerca de 100.000 euros.
A 95ª cerimónia dos prémios da Academia decorreu no Dolby Theatre, em Los Angeles.
Comentários