O atual herdeiro ao trono britânico, o príncipe William, deu a sua primeira entrevista enquanto príncipe de Gales ao jornal britânico Sunday Times, onde revelou querer acabar com os sem-abrigo no Reino Unido e que planeia construir habitação social na sua propriedade, o Ducado da Cornualha.
Em entrevista à jornalista Roya Nikkhah, o príncipe de Gales confessou que deseja que os filhos tenham noção das dificuldades que as pessoas mais necessitadas vivem no Reino Unido, e diz que faz questão de os formar nesse sentido da mesma forma que a mãe, a princesa Diana, terá feito com ele, levando-o a um abrigo com apenas 11 anos.
"Quando saí esta manhã, uma das coisas que eu estava a pensar era: 'Quando é o momento certo para trazer o George, a Charlotte ou o Louis a uma organização de sem-abrigo?", disse à jornalista. E acrescentou: "Acho que quando conseguir coordenar isso com o horário escolar deles vão definitivamente ser expostos a essa realidade. Este é um assunto de que falamos a caminho da escola diariamente".
"Eles vão crescer a saber que, na verdade, alguns de nós são muito afortunados, alguns de nós precisam de um pouco de ajuda, alguns de nós precisam de fazer um pouco mais onde pudermos para ajudar os outros a melhorar as suas vidas", disse.
O príncipe é o patrono da Centrepoint, uma instituição de caridade que apoia jovens sem-abrigo, sendo que no início desta semana abriu oficialmente a Reuben House - um bloco de 33 estúdios no sudeste de Londres, onde as rendas são fixadas em apenas um terço do rendimento do morador, independentemente do que ganhe.
Porém, aquilo a que chamou o "projeto realmente grande" está ainda para vir, sendo que o filho mais velho de Carlos III quer construir habitação social no Ducado da Cornualha, uma propriedade que passou a administrar assim que o pai subiu ao trono.
Esta propriedade é um império imobiliário de 52.609 hectares espalhados por várias zonas do país e no estrangeiro, sendo que o projeto será implementado pela sua fundação, a Royal Foundation. Segundo William, o objetivo será fornecer "condições de vida em todo o país que melhorem a vida das pessoas".
Sublinhou ainda que não se considera um "especialista em políticas sociais", mas tenta insistir "onde pode".
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