Desenhada com um orçamento de 2,1 milhões de euros, a nova programação do CCB, hoje apresentada, abrirá no dia 22 com um concerto da Orquestra Sinfónica Portuguesa, sob a direção da maestrina Joana Carneiro e com a violinista Esther Yoo.
“A nossa atitude é sempre de abertura à qualidade, à inovação e ao classicismo também. Conjugar todas as vertentes das artes performativas, teatro, música, dança, enfatizar muito a questão da formação de novos públicos, fidelizar público no CCB nas diferentes áreas”, disse Elísio Summavielle aos jornalistas no final da apresentação.
Segundo o administrador, é uma temporada assente no conceito inaugural do CCB de “cidade aberta”, que privilegia o ecletismo, para ir ao encontro de “um público eclético”, mas é também uma “programação prudente, porque as continhas têm de estar sempre em dia”.
Essa prudência permite alguma produção própria na programação, mas sobretudo parcerias e trabalho em rede.
“Lisboa tem uma oferta cutural hoje que não exista há vinte ou dez anos. E ainda bem. Nunca há [cultura a mais], falta sempre. É preciso criar laços, cumplicidades, sinergias (…) e criar coproduções, parcerias e nesta temporada vai ser mais visível, sem exclusividades”, disse.
Da programação que se estenderá até junho e símbolo desse trabalho de parceria entre várias entidades destaque para a estreia, a 30 de novembro, de “Xenos”, do coreógrafo e bailarino britânico Akram Khan e que se está a despedir dos palcos enquanto intérprete.
“Xenos”, que é o resultado de uma encomenda sobre o centenário da primeira Guerra Mundial, conta com coprodução de várias estruturas culturais, entre as quais o CCB.
Ainda nas artes performativas, a 31 de janeiro apresenta-se “Giselle” pela coreógrafa e bailarina sul-africana Dada Masilo, e em maio estará pela primeira vez em Portugal a companhia de dança contemporânea La Veronal, com a coregorafia “Pasionaria”.
Em março os Artistas Unidos estreiam a peça “Vidas íntimas”, de Noel Coward, com encenação de Jorge Silva Melo, e em maio o jovem coletivo português SillySeason (composto por Cátia Tomé, Ivo Saraiva e Silva e Ricardo Teixeira) estreiam a peça “Folle Époque”.
Na música, haverá atuações da cantora Sara Serpa, do acordeonista João Barradas, de Paulo Bragança, do coletivo feminino vocal Cramol, da Orquestra Sinfónica do Principado das Astúrias e um regresso do ciclo CCBeat, com Benjamim, Filipe Sambado ou Pop Dell Arte, que a 27 de março apresentarão um novo álbum, “Transgression Global”.
Em maio de 2020, o cravista Kenneth Weiss fará um recital no cravo Taskin, Tesouro Nacional, que será cedido pelo Museu Nacional da Música, onde o músico atuou em 2018.
O festival Dias da Música em Belém, que decorrerá de 23 a 26 de abril, será dedicado a Beethoven, por ocasião dos 250 anos do nascimento do compositor.
Na Garagem Sul, a 05 de outubro, inaugurará uma exposição que pretende refletir sobre arquitetura e agricultura, com curadoria de Sébastien Marot, e em março dará lugar a “O mar é a nossa terra”, mostra com curadoria de André Tavares sobre o oceano Atlântico.
A nova temporada de conferências incluirá um debate sobre populismos, outro sobre os 50 anos da chegada do Homem à Lua, enquanto as sessões de cinema, com clássicos, abrirá a 20 de outubro com uma nova montagem de Francis Ford Coppola de “Apocalypse Now”, 40 anos depois da estreia.
A Fábrica das Artes, encarregada do serviço educativo, acolherá nos próximos meses o Festival Big Bang, celebrará os dez anos da companhia Caótica e o centenário do nascimento de Amália Rodrigues, com a instalação “Pharmácia Amália”, de Teresa Gentil.
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