Na final competem 14 temas, escolhidos em duas semifinais, que decorreram a 18 e 25 de fevereiro em Lisboa, no estúdio da RTP. Da primeira semifinal saíram: “Só por Ela” (composta por Diogo Clemente e interpretada por Peu Madureira), “(sem título)" (Janeiro), “Para sorrir eu não preciso de nada” (Júlio Resende/Catarina Miranda), “Pra te dar abrigo” (Fernando Tordo/Anabela), “Anda estragar-me os planos” (Francisca Cortesão/Joana Barra Vaz), “Zero a zero” (Benjamim/Joana Espadinha) e “Sem medo” (Jorge Palma/Rui David).
Na segunda foram apuradas: "O Jardim" (Isaura/Cláudia Pascoal), “Bandeira Azul” (Tito Paris/Maria Inês Paris), "Patati Patata" (Paulo Flores/Minnie & Rhayra), "O Voo das Cegonhas" (Armando Teixeira/Lili), "Amor Veloz" (Francisco Rebelo/David Pessoa), "Sunset" (Peter Serrado) e “Mensageira” (Aline Frazão/Susana Travassos).
A votação final será obtida, em igual valor, pela pontuação dada por um júri regional e o público, através de televoto.
O público começou a votar na segunda-feira à tarde, dia em que a RTP divulgou os números de telefone de cada canção e abriu as votações.
A edição deste ano do concurso da RTP fica marcada por duas polémicas: um erro na contagem dos votos na primeira semifinal, que acabou por retirar da corrida a canção “Eu te Amo”, composta por Mallu Magalhães e interpretada por Beatriz Pessoa, e as acusações de plágio da música “Canção do fim”, composta e interpretada por Diogo Piçarra, uma das escolhidas na segunda semifinal, que acabou por levar o músico a desistir da competição.
Na manhã depois da primeira semifinal, a RTP anunciou que afinal a canção composta por Jorge Palma e interpretada por Rui David estava entre as sete apuradas, depois de ter sido detetado um erro nas votações.
“No decurso do processo de auditoria interna, que ocorreu após a emissão do programa em direto, foi detetado que a votação final divulgada estava incorreta”, referiu na altura a RTP.
Com a correção do erro “na transcrição dos pontos do televoto (votos do público)” a canção de Mallu saiu do grupo das sete finalistas apuradas, dando entrada ao tema de Jorge Palma.
Depois da segunda semifinal, que decorreu no domingo, nova polémica. Surgiu uma comparação, que adquiriu uma dimensão viral nas redes sociais, entre a música escrita por Diogo Piçarra e um tema religioso.
Na segunda-feira, o músico rejeitou qualquer ideia de plágio da canção, que passou à final do concurso com a pontuação máxima tanto do júri como do público.
"Nunca participaria num concurso nacional com a consciência de que estava a plagiar uma música da Igreja Universal. Teria agarrado na guitarra e feito outra coisa qualquer", afirmou Diogo Piçarra em comunicado divulgado pela editora Universal Music.
Segundo o músico, a ideia de "Canção do fim" surgiu-lhe em 2016, juntamente com outras músicas, que acabaram por ser incluídas no mais recente álbum, “do=s”.
No entanto, na terça-feira à noite, Diogo Piçarra anunciou, através das redes sociais, que abandonava a sua participação no Festival da Canção.
Momentos depois do anúncio, a RTP, que organiza o concurso, divulgou um comunicado no qual afirmava compreender e respeitar a decisão do compositor e intérprete e que, “independentemente dos argumentos e questões colocadas sobre o tema, não duvidou em momento nenhum da integridade do artista, cuja carreira já fala por si”.
Com o afastamento de Diogo Piçarra, de acordo com o regulamento, passou à final a canção “Mensageira”, composta por Aline Frazão e interpretada por Susana Travassos.
A final do Festival da Canção decorre no Pavilhão Multiusos de Guimarães e será transmitida em direto na RTP1, RTP Internacional e RTP Play.
O vencedor do Festival da Canção irá participar em maio no Festival da Eurovisão da Canção, que este ano se realiza em Lisboa.
Em 2017, Salvador Sobral venceu o Festival da Eurovisão da Canção com o tema "Amar pelos dois".
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