“Este investimento é extraordinário e vai habilitar e preparar o TNSJ para, pelo menos, mais 25 anos de atividade permanente e ininterrupta”, disse o presidente do conselho de administração do TNSJ, Pedro Sobrado, que esta manhã participava na sessão de apresentação da programação para abril — julho.

Esta empreitada está integrada numa candidatura global a verbas do programa Norte 2020 no valor total de cerca de 2,3 milhões de euros, 85% dos quais financiados por fundos comunitários.

A obra inclui intervenções em equipamentos, ações ligadas à segurança contra incêndios, renovação de paredes e pavimentos e tetos.

Apesar de encerrado, o TNSJ continuará a sua atividade no Porto, nomeadamente no Teatro Carlos Alberto e Mosteiro São Bento da Vitória (espaços geridos pela instituição) e “fora de portas” em Bragança, Cabo Verde, Espanha e Luxemburgo, afirmou Sobrado.

A reabertura do TNSJ será assinalada com várias iniciativas, desde logo com uma exposição sobre os 100 anos de história do edifício-sede que explora a arquitetura e os diferentes fins do espaço e aborda, ainda, questões como a relação com a cidade e a história do país.

Entre os dias 22 e 24 de outubro será promovido um colóquio internacional sobre os teatros nacionais na Europa, reunindo dirigentes e artistas que trabalharam e reinterpretaram o conceito de teatro nacional.

O TNSJ — classificado como Imóvel de Interesse Público em 1982 e Monumento Nacional 30 anos depois, chegando a funcionar como cinema entre 1932 e 1992, ano em que passou para a alçada do Estado — “não se encontra num estado declarado de decrepitude ou falência infraestrutural”, evidenciando, porém, “patologias estruturais” e “uma manifesta inadequação às atuais exigências legais em matéria de segurança e acessibilidade”, admitiram os responsáveis.

À verba de 1,5 milhões de euros para obra, soma-se 502 mil euros para renovação do parque técnico e 350 mil para o programa comemorativo dos 100 anos do teatro.

Cinco estreias em destaque na programação do Teatro Nacional São João até julho

inco estreias, incluindo duas produções próprias, três espetáculos internacionais e quatro coproduções estão entre os 10 espetáculos programados pelo Teatro Nacional São João (TNSJ), no Porto, para a temporada de abril a julho, foi hoje divulgado.

Com o fecho do TNSJ a 29 de março para obras de reabilitação, que deverão estar concluídas em outubro, cabe ao Teatro Carlos Alberto (TeCA) e ao Mosteiro de São Bento da Vitória, espaços geridos por esta instituição, receberem estas peças.

De entre a dezena de espetáculos programados destaque para “Espectros”, uma encenação de Nuno Cardoso, que é também diretor artístico da instituição, sobre a obra de 1881 do dramaturgo norueguês Henrik Ibsen.

Na peça assiste-se ao estrangulamento das vidas afetivas das personagens e à sua luta pela libertação do conservadorismo e da omnipresença do dinheiro em que se encontram, refere a nota de imprensa distribuída aos jornalistas durante a apresentação da programação.

A peça “Espectros”, produção do TNSJ que conta com a interpretação do elenco “quase” residente da instituição, estará em cena no Teatro Carlos Alberto de 20 de maio a 06 de junho.

Partindo deste projeto-satélite, Nuno Cardoso juntou-se a Rodrigo Santos, membro do elenco da casa e músico, para criarem “Sono”.

Esta peça, que partilha os temas, obsessões e o espaço cénico de “Espectros”, tem como ponto de partida as relações estabelecidas na família que, por sua vez, são confrontadas e filtradas pela ideia de sono.

Dedicado ao público mais novo, com idades entre os 6 e 9 anos, “Sono” apela à participação das crianças, que vão ajudar a construir esta peça com os seus “poderes” da invenção.

Esta produção própria estreia-se a 29 de maio, no TeCA, sendo que também pode ser vista nos dias 04 e 05 de junho, além disso estará ainda disponível para apresentação em escolas entre 01 e 03 de junho.

No Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, assinalado a 10 de junho, tem estreia marcada a peça “KastroKriola”, baseada na encenação da “Castro”, por Nuno Cardoso, agora com atores cabo-verdianos e visitará Cabo Verde.

Em cena até 12 de junho, no Mosteiro de São Bento da Vitória, a peça ruma depois a Cabo Verde e pode ser vista no Centro Cultural do Mindelo (25 a 27 de junho) e no Auditório da Assembleia Nacional – Praia (03 a 05 de julho).

Um dos reptos do TNSJ é a digressão das suas produções próprias, permitindo que sejam vistas por um número crescente de público.

Desta forma, além da apresentação de “KastroKriola” em Cabo Verde, “À Espera de Godot”, com encenação de Gábor Tompa, sobe ao palco do Teatro Municipal de Bragança a 06 de maio.

Também “Achadiço”, uma criação de Nuno Cardoso, ruma ao Luxemburgo para ser apresentada a 19 de junho, no Théâtre National du Luxembourg, e “Castro”, com encenação de Nuno Cardoso, sobe ao mesmo palco de 18 e 19 de junho, do Festival de Almagro, em Espanha (07 de julho) e do Centro Cultural de Belém, em Lisboa (27 e 28 de agosto).

Ao longo destes meses, o TNSJ também se associará a festivais como o Festival Dias Da Dança (DDD) e o Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica (FITEI).

“Please please please”, de La Ribot, Mathilde Monnier e Tiago Rodrigues, assinala o arranque da programação do TNSJ a 22 e 23 de abril, no Teatro Carlos Alberto, e será apresentada no âmbito do DDD.

Já enquadrado na programação do FITEI vai ser apresentado o espetáculo “Um Museu Vivo de Memórias Pequenas e Esquecidas”, sobre os últimos 89 anos da história de Portugal com texto, direção e interpretação de Joana Craveiro, entre 07 e 08 de maio, no TeCA.

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