“As notas dominantes do 2016 são pureza e refinamento. Os Porto Vintage das três casas são estilisticamente distintos, mas todos exibem elegância e equilíbrio, uma maravilhosa pureza de fruta e taninos de grande qualidade”, destaca o diretor-geral da empresa, Adrian Bridge, citado em comunicado.
O responsável acrescenta que os rendimentos da vindima estiveram abaixo da média, razão pela qual, referiu, “a quantidade do Vintage 2016 disponível será relativamente restrita e a distribuição pelos mercados terá que ser ajustada.”
Os vinhos de 2016 mostraram-se “prometedores desde o início”, pelo seu “excelente carácter frutado e os pronunciados taninos dos mostos”.
O director de Enologia da The Fladgate Partnership aponta, no documento enviado, “dois fatores” decisivos: “a intensa precipitação na primavera significou que as videiras tiveram reservas de água suficientes durante todo o Verão; e o facto da época de amadurecimento ter começado relativamente tarde prolongando-se bem dentro do mês de Setembro”.
David Guimaraens acrescenta que “as condições durante a vindima no final de setembro e início de outubro foram perfeitas” e daí resultaram vinhos com “uma estrutura sólida, com taninos firmes e muito bem integrados, exibindo um excelente frutado.”
A declaração ocorre após “várias semanas de provas”, que começaram em janeiro e só terminaram na primeira quinzena deste mês, com a composição do lote final, adiantou à agência Lusa a Relações Públicas da The Fladgate Partnership, Ana Margarida Morgado.
As uvas usadas para fazer estes Vintage foram colhidas nas quintas da Taylor’s (Vargellas, Terra Feita e Junco), Fonseca (Santo António , Cruzeiro e Panascal) e Croft (Roeda), uma regra que já não se aplica aos restantes vinhos do Porto que a empresa produz.
“Todas essas uvas são pisadas nos lagares das nossas quintas, ou seja, segundo a maneira tradicional, que para a Fladgate é o método que dá vinhos mais complexos e com maior potencial de envelhecimento”, explicou ainda Ana Margarida Morgado.
Tal já não acontece com as uvas compradas, que são vinificadas nas duas adegas que a empresa possui, em São João da Pesqueira e no Pinhão.
O vintage é a mais alta categoria de um vinho do Porto e esta é a sexta que a The Fladgate Partnershipo faz este século, depois das de 2000, 2003, 2007, 2009 e 2011.
A empresa anuncia a declaração dos seus vintage sempre no dia 23 de abril, dia de S. Jorge, santo padroeiro de Inglaterra.
“O mercado inglês é o nosso maior mercado”, sublinhou Ana Margarida Morgado, acrescentando que a empresa vende vinhos em “102 países”.
Symington Family Estates, Sogrape Vinhos, Sogevinus, Quinta do Noval e Quinta da Romaneira são produtores de Vinho do Porto que já declararam também 2016 será ano de Vintage clássico.
Em 2017, as vendas de vinho do Porto totalizaram 380 milhões de euros, mais 0,9 por cento do que no ano anterior, e a The Fladgate Partnership faturou 65 milhões.
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