Este ano, a Festa do Jazz acontece nos dias 1, 2 e 3 de dezembro, no Centro Cultural de Belém (CCB), no picadeiro do antigo Museu dos Coches e no CCBA — Casa do Comum do Bairro Alto — Centro Cultural.

“Além de um cartaz de altíssimo nível, a Festa deste ano conta com uma originalidade: apresenta uma peça de teatro”, destaca a organização num comunicado hoje divulgado.

“Quem roubou o…Jazz!”, que terá apresentações nos dias 2 e 3 de dezembro no picadeiro do antigo Museu dos Coches, “é um espetáculo único de teatro e música sobre a história do Jazz”, que parte de uma ideia de Carlos Martins, da associação Sons da Lusofonia, com texto original de João Nunes, das Produções Fictícias.

“Com humor, irreverência e sobretudo muita música, ‘era uma vez…jazz’ é uma introdução ao jazz e uma viagem pela sua história conduzida por um detetive e o seu assistente. Esta pequena história contada por um ator e uma pequena banda, sob a forma de uma investigação policial, é, para os mais novos, uma excelente introdução à magia do Jazz: temas curtos, com ritmos contagiantes e solistas virtuosos; para os apreciadores é uma delícia rescutar os grandes temas do jazz”, refere a organização.

Esta edição da Festa do Jazz abre no dia 1 de dezembro, no Grande Auditório do CCB, com a atuação do Erik Truffaz Quarteto. “Com a ajuda do seu fiel companheiro, o baixista Marcello Giuliani, e de outros músicos, [o trompetista suíço] aborda as bandas sonoras de filmes que marcaram a sua infância. Juntos, revisitam o melhor dos compositores da época de ouro do cinema, apropriando-se dos temas de Michel Magne, Nino Rota, Philippe Sarde e Ennio Morricone, para redefinir os seus contornos e contar-nos outras histórias igualmente maravilhosas”, lê-se no comumicado.

O Pequeno Auditório do CCB acolhe, no dia 2 de dezembro, atuações da pianista e compositora Clara Lacerda, do João Paulo Esteves da Silva Trio, do JAZZOPA – resultado de uma residência artística com direção de André Fernandes e que contou com Carlos Martins e o rapper Valete como mentores -, e com um Decateto que junta músicos das associações Porta-Jazz, do Porto, e Robalo, de Lisboa.

A mesma sala será palco, em 3 de dezembro, de espetáculos dos Lokomotiv, do Eduardo Cardinho Sexteto, do trio NOUT (Delphine Joussein, Rafaëlle Rinaudo e Blanche Lafuente) e da Orquestra de Jazz de Matosinhos.

A programação inclui ainda ‘jam sessions’, uma ‘masterclass’ com o saxofonista John O’Gallagher, que “desenvolveu uma inovadora tese de mestrado sobre a música de John Coltrane, principalmente da sua última fase”, o habitual Encontro Nacional de Escolas de Jazz e a entrega dos prémios RTP/Festa do Jazz, “criados para celebrar a parceria entre as Instituições, que com olhares atentos sobre a comunidade do jazz português procuram o enaltecimento da criação artística, de forma a estimular a sua prática e dar notoriedade a pessoas e/ou organizações que, com talento e generosidade, fazem o melhor do jazz e da música improvisada em Portugal”.

Os bilhetes para a Festa do Jazz, que é organizada pela Associação Sons da Lusofonia, já estão à venda.

Em 2019, depois de 15 edições no Teatro São Luiz (entre 2003 e 2017) e de uma em vários lugares do Bairro Alto (em 2018), a Festa do Jazz decorreu nos vários espaços do Capitólio, no Parque Mayer. Em 2020, a Festa do Jazz teve lugar no CCB, mas sem público presente.

Em 2021, regressou, em formato presencial, ao Centro Cultural de Belém, onde também aconteceu o ano passado, estendendo-se a outros espaços.