“Podemos começar o festival hoje”, disse o promotor Álvaro Covões, da Everything is New, aos jornalistas antes de uma visita ao recinto, na qual foi possível comprovar que falta apenas afinar os últimos detalhes.
Na 16.ª edição, as atuações voltam a dividir-se entre os sete palcos espalhados pelo recinto, entre os quais um coreto, dedicado à música nacional, e um palco onde irão atuar apenas humoristas.
No total serão “mais de cem atuações”, ao longo de três dias, num festival que “não vive só dos cabeças de cartaz”.
“Todos os artistas são artistas principais”, salientou Álvaro Covões, aconselhando o público a “olhar atentamente para o programa e fazer o seu roteiro, para não perder o que quer ver”.
Assumindo alguma dificuldade em destacar alguns nomes do cartaz, Álvaro Covões partilhou a vontade que tem em ver as atuações de bandas e artistas como Aurora, T-Rex, Jüra, Floating Points, Khruangbin, Nathaniel Rateliff & The Night Sweats, além de Pearl Jam, Arcade Fire, Smashing Pumpkins e Dua Lipa.
Durante a visita de hoje ao recinto, as cantoras portuguesas Jüra, que atua na sexta-feira no Palco Clubbing, e Inês Apenas, que sobe ao Palco Coreto na quinta-feira, mostraram ao vivo um tema, cada uma.
Com os passes de três dias esgotados, hoje de manhã ainda havia bilhetes diários disponíveis para quinta e sexta-feira.
“Dia 12 [sexta-feira] seguramente esgota hoje, e espero que amanhã [quinta-feira] esgote tudo”, afirmou o promotor.
O público – a lotação do recinto é de 55 mil pessoas por dia — é maioritariamente composto por portugueses, mas são esperados “cerca de 20 mil estrangeiros, de 71 nacionalidades diferentes, dos cinco continentes”.
Além de ser um “encontro de nações”, juntando “pessoas de todo o território nacional, portugueses que vivem lá fora e estrangeiros que chegam de todas as partes do mundo”, o NOS Alive quer-se também inclusivo.
“O Papa esteve neste recinto no ano passado [durante a Jornada Mundial da Juventude] e o ‘todos, todos, todos’ [expressão usada naquela ocasião pelo papa Francisco] aplica-se ao Alive”, referiu Álvaro Covões.
Este ano, a empresa de telecomunicações que é o principal patrocinador do festival desenvolveu um projeto dirigido a pessoas surdas, em parceria com a Access Lab.
Além de serem disponibilizados coletes sensoriais, que permitem sentir a música, haverá legendagem de concertos em língua gestual. No caso do concerto de Dua Lipa, marcado pela sexta-feira, a legendagem poderá ser acompanhada em ‘streaming’ a partir de qualquer ponto do recinto.
Entre quinta-feira e domingo, tendo em conta que o Alive termina já na madrugada de domingo, haverá condicionamentos de trânsito na zona de Algés.
A PSP, num comunicado divulgado na terça-feira, aconselha os festivaleiros a que se desloquem para o evento com antecedência, “atendendo à elevada afluência de pessoas e aos procedimentos de segurança para o acesso ao recinto”, bem como a privilegiarem a utilização de transportes públicos.
Também a organização apela ao uso dos transportes públicos, tendo para isso montado “uma operação integrada com vários parceiros”.
Segundo Álvaro Covões, na linha ferroviária que liga Lisboa a Cascais, que tem uma estação em Algés, haverá “prolongamento de horários e reforço de comboios”.
O mesmo irá acontecer nas ligações de barco da Transtejo, entre Lisboa e a Margem Sul do Tejo.
Além disso, em parceria com a Carris, haverá autocarros a circular entre a Docapesca e três pontos de Lisboa: Estação do Oriente, Santa Apolónia e Marquês de Pombal.
Todas as informações sobre o festival, incluindo mapa do recinto e horários dos concertos, podem ser consultadas no site oficial do Alive.
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