"Pape Satàn Aleppe - crónicas de uma sociedade líquida" é um ensaio que compila textos já publicados desde 2000 no semanário italiano L'Espresso, com o qual o filósofo e linguista colaborava. O título retoma as palavras iniciais do canto VII do Inferno da "Divida Comédia" de Dante Alighieri.
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O significado, muito misterioso, deu lugar a muitas interpretações, mas para Umberto Eco a expressão é "suficientemente 'líquida' para caracterizar a confusão do nosso tempo", segundo o resumo do livro, assinado pelo autor e disponível na Amazon italiana. A publicação do livro estava prevista para maio, mas a morte do autor acelerou-a. Umberto Eco e outros grandes nomes da literatura italiana decidiram abandonar em novembro passado a sua editora histórica Bompiani, comprada recentemente pelo grupo Mondadori (propriedade da família Berlusconi), para se incorporarem numa outra, nova e independente, chamada La Nave di Teseo, em homenagem ao mítico rei de Atenas.
Eco morreu em sua casa em Milão, vítima de cancro, na noite de sexta-feira, aos 84 anos. Era conhecido mundialmente pelo seu romance "O Nome da Rosa", que vendeu milhões de exemplares e foi traduzido em 43 idiomas.
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