Em nota de imprensa enviada à agência Lusa, os promotores referem que a arte urbana regressa ao centro histórico da Covilhã, no distrito de Castelo Branco, entre os dias 26 de junho e 04 de julho.
Em destaque estarão as residências artísticas de fotografia e desenho, que já estão a decorrer, a sonorização do centenário filme “Covilhã Industrial, Pitoresca e seus arredores”, pelos First Breath After Coma.
A dupla de artistas Colectivo Licuado (Uruguai) também integra a programação com uma intervenção mural, que visa celebrar os 140 anos da 1.ª Expedição Científica à Serra da Estrela, que foi realizada em 1881 pela Sociedade de Geografia de Lisboa.
Outra das ações prende-se com o lançamento do livro “WOOL 2011-2021″, que integra a história destes 10 anos do festival, bem como textos científicos redigidos por personalidades das áreas da arte, arquitetura e turismo e testemunhos dos artistas.
Nesta edição, que marca a passagem de uma década, o WOOL também apresentará uma nova identidade, com autoria do estúdio Naïf, que convida a pensar esta marca da Covilhã na forma de um “símbolo único e identificador, capaz de representar tanto os últimos 10 anos do festival, como as suas futuras edições”.
“Um símbolo representativo do WOOL que nos fala de todos os elementos que lhe dão caráter: a Covilhã, a neve, a Serra da estrela, a arte e a tinta, os lanifícios, o dinamismo, o encontro e a partilha”, é referido na nota.
Criado em 2011, fruto da iniciativa de Lara Seixo Rodrigues, Pedro Seixo Rodrigues e Elisabet Carceller, com o objetivo de prestar tributo à história da cidade e de despertar o interesse da comunidade para a arte contemporânea, este festival conta já com 43 iniciativas, 122 intervenções artísticas (murais e instalações) e integrou 46 artistas portugueses e 23 artistas estrangeiros.
Os organizadores lembram que, além da aposta ganha localmente, existem inúmeras ações paralelas ao festival, “em novas geografias e formatos, dirigidos a distintas (e inclusivamente inusitadas) faixas etárias, confirmando o valor da arte urbana enquanto instrumento de construção, reabilitação e valorização dos valores fundamentais da cidadania”.
“Após esta década, é também possível confirmar o papel distintivo e único do WOOL na promoção e projeção da arte urbana portuguesa, dentro e fora das nossas fronteiras. Foi este o projeto responsável pela curadoria das comitivas de artistas portugueses que pela primeira vez integraram reconhecidos projetos internacionais como o Tour Paris 13 (Paris, 2013) e Djerbahood (Tunísia, 2014). Foi, também, o WOOL o projeto nacional convidado pela GOOGLE para ilustrar e engrandecer o lançamento do GOOGLE Art Project / GOOGLE Arts & Culture para todo o território português (2015)”, apontam.
Em jeito de balanço, destacam ainda a obtenção do selo de qualidade EFFE (Europe for Festivals, Festivals for Europe), bem como a recente parceria estabelecida com o NEST/Centro de Inovação do Turismo para o desenvolvimento da Talk2me Platform, para permitir visitas “guiadas” aos murais da Covilhã, com base tecnologia ‘bot Messenger’ e leitura de um QR Code.
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