Walter Chicharro, salientou que o “voto é secreto”, mas “houve uma votação taco a taco”, tendo o nome de Valdemar Alves sido recusado para uma nova candidatura por uma diferença de "quatro votos".
“O presidente da Federação irá agora conversar com a Direção Nacional do PS para chegar a um entendimento e ver como se resolve a situação”, revelou o socialista, ao lembrar que há uma premissa da estrutura nacional que autoriza todas as recandidaturas do PS.
Chicharro recordou também que a indicação do candidato às autárquicas começa “estatutariamente nas concelhias” e que a recandidatura de Valdemar Alves foi aprovada na concelhia do PS de Pedrógão Grande.
Segundo outra fonte do PS, o chumbo do nome de Valdemar Alves estará relacionado com a “postura” do autarca face aos processos em que é arguido, nomeadamente no caso da reconstrução de segundas habitações danificadas após o incêndio de Pedrógão Grande, em 2017, e no processo das mortes de 66 pessoas no referido fogo, cujo julgamento está previsto para maio.
“Ao contrário dos outros autarcas de Figueiró dos Vinhos e de Castanheira de Pera, Valdemar Alves não assumiu a sua culpa enquanto presidente da Câmara”, justificou a mesma fonte à Lusa.
Nas últimas eleições autárquicas, o PS, em Pedrógão Grande, conquistou três mandatos, com 55,78% dos votos, enquanto o PSD obteve dois mandatos, com 38,03% das votações.
Valdemar Alves cumpre o primeiro mandato pelo PS, depois de anteriormente ter desempenhado durante quatro anos funções de presidente da Câmara eleito pelo PSD.
Em Pedrógão Grande, no norte do distrito, são conhecidas, também, as candidaturas do PSD e do CDS-PP, com António Lopes e Pedro Barra Fernandes, respetivamente.
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