"Espero que rapidamente se fechem as partes de pormenores mais científicos, académicos e burocráticos, para já em 2025, 2026 termos esse doutoramento conjunto, que acaba no fundo por reforçar, agora pelo lado de Saúde [...] uma cooperação que é ancestral entre a Universidade de Coimbra e a Universidade de Macau e que era sobretudo realizada e continua a ser pela área do Direito", disse à Lusa João Nuno Calvão da Silva, que se encontra em Macau para uma visita de quatro dias.
O acordo para o estabelecimento deste doutoramento em co-tutela vai ser assinado na terça-feira.
Há cerca de um ano, as duas instituições de ensino superior formalizaram a criação do Laboratório Conjunto em Envelhecimento Cognitivo e Ciências do Cérebro. Agora, "há que conciliar a investigação e o ensino", notou o responsável.
"Para essa parte da investigação andar é muito importante esta parte da transmissão do saber e da realização deste doutoramento dual ou em co-tutela, que passa por, de facto, a cooperação académica na formação de doutorandos, dos doutores, em áreas da Saúde e das nossas faculdades de Medicina e Ciências Médicas".
O acordo vai envolver "o intercâmbio de estudantes que acabarão por dar conteúdo a esse trabalho em conjunto na área da Saúde em geral e das Neurociências em especial", notou.
No doutoramento em regime de co-tutela, o estudante pode obter o grau de doutor simultaneamente em duas universidades onde existam programas doutorais, com ou sem parte letiva, reconhecidos como congéneres pelas duas instituições, lê-se no portal da Universidade de Coimbra.
João Nuno Calvão da Silva encontra-se em Macau com uma delegação da Universidade de Coimbra, da qual faz parte ainda o diretor da faculdade de Direito, Jónatas Machado, o subdiretor da faculdade de Medicina, Henrique Girão, e o presidente da Associação de Estudos Europeus de Coimbra (AEEC), Manuel Lopes Porto.
A 14.ª conferência internacional “Estudos sobre o Código Civil, o Código Comercial e o Código de Processo Civil, celebrando o 25.º aniversário da RAE (Região Administrativa Especial) de Macau” e a 3.ª edição do Fórum dos reitores das instituições do ensino superior da China e dos países de língua portuguesa também fazem parte do programa.
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