"O objetivo é usar este caso [programa] como um projeto-piloto e replicá-lo depois a outras regiões com características semelhantes", explicou o coordenador da Unidade de Missão para a valorização do Interior (UMVI), João Paulo Catarino.
Este responsável, falava durante uma conferência de imprensa, realizada em Pedrógão Grande, distrito de Leiria, precisamente no dia em que passam três meses dos incêndios florestais que afetaram a região.
O programa que apresenta dois eixos estratégicos, baseados numa intervenção centrada no renascer de uma floresta sustentada e resiliente aos riscos e criadora de valor para o território e numa abordagem centrada na revitalização económica e social do Pinhal Interior, vai estar 30 dias em discussão pública.
João Paulo Catarino adiantou que este programa tem como base, o documento inicial produzido pelos sete municípios (Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Góis, Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande, Penela e Sertã) que foi apresentado à UMVI e ao primeiro-ministro, António Costa.
"O documento foi produzido com base num documento inicial que as câmaras municipais nos fizeram chegar. O objetivo é que o novo documento vá ao encontro das expetativas dos municípios", disse.
O programa foi entregue na sexta-feira aos sete municípios e no final da discussão pública, após feitos os ajustes que eventualmente possam vir a ser considerados, será objeto de aprovação pelo Conselho de Ministros e as medidas nele contidas irão ser orçamentadas.
O coordenador da UMVI explicou que o eixo um inclui medidas de recuperação dos ecossistemas, a promoção do ordenamento do território e a gestão florestal, o reforço da defesa e da proteção da floresta.
Já o eixo dois, tem como objetivos a diversificação da estrutura económica e a promoção e desenvolvimento da economia, a promoção de políticas e práticas sustentáveis e da atratividade e coesão territorial, o reforço da qualificação profissional e a estimulação e criação de conhecimento e inovação e a promoção da inclusão social.
Já o presidente da Câmara de Penela, que esteve na apresentação do programa em representação dos sete autarcas, disse que o documento foi preparado pelos sete municípios durante os meses de junho e julho.
"Percebemos todos que a catástrofe podia também ser uma oportunidade para fazer diferente", frisou.
O autarca defendeu a integração de um modelo de governação no Programa de Revitalização do Pinhal Interior e a criação de um observatório do Pinhal Interior, que integre a UMVI, os municípios e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC).
"Esta é uma medida que vai ser negociada e a forma de o implementar no programa. Acho que não vai ser difícil", concluiu.
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